O Bailado das Ninfas

 
 
 
 
A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS


FELICITA O VENCEDOR DO 8º E ÚLTIMO DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS
CEU PINA 28
RÓ MAR 22
ACÁCIO COSTA 18
NANA FERREIRA 17
ANA NAMY ECHEVERRIA 14
JOAQUIM BARBOSA 14
MARGARIDA CIMBOLINI 13
RUBENS ROSA 12
AMÉLIA AMADO 10
ALESSANDRA BRANDER POETISA 10
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 9
ANTÓNIO FERNANDES 9
HENRIQUE FERNANDES 9


POEMA VENCEDOR


BAILADO DAS NINFAS

Prenuncio o norte

Verde ouro margens do douro
Ninfas perolas espremidas
Vinho novo, vinho velho
Rebelos barqueiros remados ao vento
Leva-te o rio para o mar
Ai meu Porto, meu Porto
As tuas lágrimas negras
Choram das pipas
O líquido e a alma do meu povo
Delicias o mundo todo
És maior que o marquês de Pombal
Ex-libris do Porto e de Portugal

Por Céu Pina


PARABENS CEU
 
 
 
 
 
 A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 7º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS


ACÁCIO COSTA 24
MÁRIO SAMPAIO 20
AMÉLIA AMADO 15
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 14
IRA RODRIGUES 13
ROSANGELA FERRIS 12
ANA BARBARA SANTO ANTÓNIO 11
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 11
ALFREDO COSTA PEREIRA 11
RUBENS ROSA 10


POEMA VENCEDOR


O BAILADO DAS NINFAS

Oh Rio d´Ouro,

que bailas à noite ao luar,
em noite de lua cheia,
e namoras as ninfas
que nas tuas águas dançam
bebendo e cantando
esse vinho d´ouro
que da Régua ao Porto
os rabelos trazem
num alegre remar!......

Oh Rio, eu queria verter-te

todo sobre mim
e pintar de azul e branco
uma ninfa tripeira
que fosse feiticeira
numa noite a dançar!...

Eu queria beber-te,

embebedar meus sonhos
com um bom trago
e chegar à Foz
e brindar contigo
ao vinho do porto,
no WineFestival,
que vai ser do carago!...

Eu queria ter-te

sob manto azul
bebendo-te sôfrego
no limite etéreo
que só o vinho
consegue ter.

- Só eu e tu...

numa dança tripeira
com ninfa feiticeira
só para nós dois, oh Rio,
uma noite inteira....

© Acácio Costa


PARABENS ACÁCIO




 
O BAILADO DAS NINFAS

TERMINA AMANHÃ MAIS ESTE EVENTO.

NESTA META FINAL, CONVIDAMOS TODOS OS POETAS A MOSTRAREM O SEU TALENTO, INSPIRANDO-SE NO BELO QUADRO A ÓLEO DESENVOLVIDO PELA BARBARA SANTOS.

MUITA INSPIRAÇÃO PARA TODOS

A ADMINISTRAÇÃO



 
 
 
 
A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 6º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS


CARLOS MANUEL ALVES MARGARIDO 31
RÓ MAR 29
ROSIANE CEOLIN 17
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 15
MARGARIDA CIMBOLINI 15
ROSANGELA FERRIS 14
SANDRA FONSECA MATIAS 14
CARLOS FERNANDO BONDOSO BONDOSO 12
ALESSANDRA BRANDER POETISA 12
ACÁCIO COSTA  REPESCADO PARA O DIA SEGUINTE CONFORME AS REGRAS
RUBENS ROSA 11
AMÉLIA AMADO 10
CARLOS RODRIGUES 10
RUI MOREIRA 10
JONAS SANCHES 10
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 9
MESSIAS APARECIDO DA SILVA 9


POEMA VENCEDOR
BAILADO DAS NINFAS

Encostados ás videiras

Raiz terra pé tropeça
Vendimamos, cantamos, dançamos
Bebemos duas luas no céu
Rodam pingas, calor e Ninfas
O nariz não vê
Espelha rosto vermelho
Néctar dos deuses
Almas embriagadas
Rebelos, douro abaixo
Navegam de cor
Abastados de ouro riqueza maior
Dizem que é veneno
Meus amigos, é palheto
Abençoada parra flor fruto
Copo cheio, copo vazio
Vindos todos, sirvam-se, deliciem-se
Bridemos ao Porto

Por Carlos Margarido


PARABENS CARLOS

 
 
 
 
 
 
 
 
A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 5º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS


CARLOS MANUEL ALVES MARGARIDO 29
MARGARIDA CIMBOLINI 21
RÓ MAR 19
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 15
JOAQUIM BARBOSA 14
AMÉLIA AMADO 12
CARLOS RODRIGUES 10
ALFREDO COSTA PEREIRA 10
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 9
RUIZ PAZ 9
HENRIQUE FERNANDES 9
ALESSANDRA BRANDER POETISA 9
NILCE ROSA DOS SANTOS 8


POEMA VENCEDOR

O BAILADO DAS NINFAS

Estandarte

Cinco ninfas conquistadas,
Guardam a virgem.
Ouro colhido, douro descido.
Oriundo dos deuses, néctar divino
Por piratas perseguido.
Tesouro em alto mar, protegido
Entre tempestades,
Na terra nova parou.
Envelheceu voluptuoso,
S. João descansou,
Na primavera partiu
À Inglaterra chegou.
E o mundo todo deliciou.

Por Carlos Margarido


PARABENS CARLOS













 
A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 4º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS


CEU PINA 33
RÓ MAR 26
NANA FERREIRA 16
AMÉLIA AMADO 15
CARLOS RODRIGUES 15
RUÍZ PAZ 13
ANA CLARE 13
ALFREDO COSTA PEREIRA 12
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 12
NILCE ROSA DOS SANTOS 10
JOÃO ANTUNES ANTUNES 9
RUI MOREIRA 9


POEMA VENCEDOR

O BAILADO DAS NINFAS

Mil ninfas num cacho

Choram aos meus pés
Canto com pronuncia do norte
Não és lenda, és história
O traquejo não carece de sorte
Punhado de copo levantado
Escorregam rebelos no peito
Cais desfraldados
Caravelas largadas
Sete dedos navegados
O amor à minha beira
Envelhece na sabedoria
Que se saboreia

Por Céu Pina


PARABENS CEU







A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS

FELICITA O VENCEDOR DO 3º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS

CARLOS MANUEL ALVES MARGARIDO 30
RÓ MAR 29
AMÉLIA AMADO 17
GUIOMAR CASAS NOVAS 17
JOAQUIM BARBOSA 15
BERNARDINA PINTO 15
HENRIQUE FERNANDES 14
MARILDA RAPOSO MONALISA 13
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 11
ROSANGELA FERRIS 11
ALFREDO COSTA PEREIRA 11
JOÃO ANTUNES ANTUNES 10
CARLOS RODRIGUES 10
VALTER SILVA 10
POEMA VENCEDOR
O bailado das ninfas

Descendente desta terra
Filho de seiva espremido
Videiras namoradeiras
Cidade virgem
Sempre leal e Invicta
Mãe ninfa erguida
Abotoa as margens
Leito dourado que te embarca
Berço de Rei
Feitos valiosos de quem te habita
Deste a carne pela conquista
Declaro o orgulho de ser tripeiro
Outras paragens já descobertas
Bebem pingas do meu filho
Este é o nosso vinho
Este é o nosso Porto
Os romanos intitulavam-te
Cale ou Portus Cale,
Presenteaste o nome a Portugal

Por Carlos Margarido


PARABENS CARLOS


A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 2º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS


CARLOS MANUEL ALVES MARGARIDO 26
RÓ MAR 25
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 23
BERNARDINA PINTO 20
AMÉLIA AMADO 19
ROSE AROUCK 17
ALFREDO COSTA PEREIRA 17
ALESSANDRA BRANDER POETISA 16
CARLOS RODRIGUES 16
NANA FERREIRA 15
GERALDO FACÓ VIDIGAL 14
ABILIO DA RESSURREIÇÃO AIRES 14
ROSÂNGELA GOLDONI 12
JOSÉ LUIS FERREIRA FERREIRA 12
JOSÉ MANUEL CABRITA NEVES 11
MARILDA RAPOSO MONALISA 9
JOÃO ANTUNES ANTUNES 9


POEMA VENCEDOR


O bailado das ninfas

No vinho deslizam rebelos,

Amantes ingleses deliciam-se no sabor,
Do sangue da tua cidade.
Ninfas balançam nas pipas,
Remos são dedos de marinheiro,
Uma ponte meia volta, da outra volta,
Do mundo.
O Marquês, demarcou-te,
És o primeiro, desmarcaste-te do champanhe.
Qual sabugueiro aldrabão,
És Portugal, não à ninfa mais bela que as videiras,
Do teu quintal.

Por Carlos Margarido


PARABENS CARLOS

  

A ADMINISTRAÇÃO DO SOLAR DE POETAS AGRADECE A DEDICAÇÃO E EMPENHO DEMONSTRADA NA ADESÃO A MAIS ESTE DESAFIO E CONGRATULA-SE COM A QUALIDADE DOS POEMAS JÁ APRESENTADOS
 

FELICITA O VENCEDOR DO 1º DIA DESTE BAILADO DAS NINFAS
 

RÓ MAR 16
FERNANDO FIGUEIRINHAS NANA 15
JOAQUIM BARBOSA 14
NANA FERREIRA 12
ROSÂNGELA GOLDONI 11
ALFREDO COSTA PEREIRA 10
AMÉLIA AMADO 10
ROSÂNGELA FERRIS 9
EDU PESCADOR ALCÂNTARA 9
BERNARDINA PINTO 9
EDUARDO GARCIA 8
CARLOS RODRIGUES 8
ANA ISABEL ROSA 7
ANTÓNIO PEREIRA VIEIRA SILVA 7


POEMA VENCEDOR


O BAILADO DAS NINFAS

OUVE-SE SONS DE MEIGAS PISADELAS,
COM LABUTA E CARINHO
TRAZEM AO DOURO
O TÃO IMPÉRIO.

SÃO AS NINFAS, DONZELAS
DE ILUSTRE ARMINHO
QUE BROTAM DAS ÁGUAS AZUL OURO,
TÃO SIMPLÓRIO.

EM SAPATILHAS DESNUDAS E BELAS
ESPREITAM O LUAR PELO CAMINHO
DO VASTO RIO, AGOURO
TÃO GLORIO.

EM TRAJE DE CINDERELAS
CINTILAM O GOTEJAR DE BOM VINHO,
GRANDE PORTO DO DOURO,
TÃO CALÓRICO.

EM ASAS PASSARELAS
ESVOAÇAM O FEITIÇO MARINHO,
TRAZEM À NOITE O GOSTO VINDOURO
TÃO HARMÓNICO.

SÃO AS NINFAS DE GRANDES TELAS
QUE AGUÇAM O PERGAMINHO,
VOZES DE POETA, MIRADOURO
TÃO SINFÓNICO.

RÓ MAR


PARABENS RÓ MAR


O BAILADO DAS NINFAS... no Solar

Conta a lenda que o Rio Douro
Á noitinha ia namorar
Com as Ninfas do Rio Douro
Ao Luar

Tema: O Bailado das Ninfas

Local: Solar de Poetas

Data Início: 09 09 2012

Data Fim: 16 09 2012

Contagem Diária: 24:00

Na continuação dos nossos passatempos, vai dar-se inicio amanhã, dia 9 e com fim no próximo dia 16 de Setembro mas este desafio.

Pretendemos saudar a Regiao do Douro, as suas vindima, o Rio Douro e toda a sua belíssima região - Património da Humanidade, cantando a beleza e o amor.

Cada poeta poderá publicar um poema por dia, o qual poderá ser votado pelos membros do Solar, à semelhança dos desafios anteriores.

A contagem efectuar-se-á a partir das 24:00 de cada dia, sendo considerados como votos o GOSTO/CURTIR e/ou COMENTÁRIO, apenas um voto por membro/poema.

Aos poemas mas votados, atribuiremos no fim a merecida MENÇÃO HONROSA.

Os poemas devem ser precedidos pelo prefixo O BAILADO DAS NINFAS e deverão ser publicados no SOLAR DE POETAS.

Poderão concorrer todos os poetas e administradores.

Vamos lá, poetas, abraçar mas este desafio e mostrar a vossa inspiração.

SOLAR DE POETAS

Parte inferior do formulário


MENÇÕES ATRIBUÍDAS PELOS MEMBROS DO SOLAR










MENÇÕES ATRIBUÍDAS PELOS ADMINISTRADORES DO SOLAR
















COLECTÂNEA

O BAILADO DAS NINFAS

Os barcos rabelos cheios de barris,
Percorrem o Douro seguindo o seu rio,
Têm no caminho percursos hostis,
Transportando o vinho que uva pariu...

O doce vinho que nos embriaga,
É vinho do Porto é néctar divino !
E é no lagar onde a uva se esmaga,
Que nasce p'ró mundo, para o seu destino...

O rio à noitinha, quando está luar,
Fica mais alegre, fica mais contente !
Pára no caminho e vai namorar...

São as belas Ninfas que tem pela frente,
Cantando e entrando na água a bailar,
Fazendo vibrar seu amor ardente !...

José Manuel Cabrita Neves


BAILADO DAS NINFAS

Olho para o Douro ..
vejo um rio dourado
uma cama de margens
húmidas
com divino docel
frescura indivisível
imensidade de amor
onde a alma repousa
e o corpo relaxa
no sono encantado
dos anjos
Bordado de verdes franjas
tapete feito de ternura
sitio onde bailam as
ninfas.
rosadas como romãs......

O douro é um rio manso..
aberto mas reservado
só abraça quem ele quer........
e quem quer ser abraçado
N'aquele val prateado
voam almas ,amores e ....
borboletas
onde brilham as estrelas
onde tombam os cometas
onde os astros se encontram
SOL E LUA ali se beijam
enquanto as ninfas adejam.
São longos os seus cabelos
grinaldas de musica
oferenda das aves.....dançam
as ninfas, dança de amor
abençoado
Murmúrios ,sussurros ,cascatas de amor
se ouvem como oração
é o silencio da vida cantando a sua canção.
As ninfas do Douro são lendas
lendas do coração..
Cidades abençoadas estas do meu país
que nestas santas oferendas
prendas do dia a dia....vai vivendo
vai amando,colhendo uvas
douradas,guardando suas espigas,
brincando como crianças.....
com ninfas.....em contradanças
e vive de amor e de Esperanças
este cantinho onde vivo
e de que guardo lembranças

Margarida Cimbolini


"Bailado das Ninfas"

Tu és tão linda
Posso prová-lo se provares os meus lábios
Tão linda
que desafias a própria realidade
na vaidade exposta no meu olhar
todo teu

Tu és tão linda
que a musica em ti não finda
A água da pureza não deixará de jorrar
na cascata da beldade dos teus sentimentos
de liberdade

Tu és tão linda
que me fazes sentir ser o próprio sol
em busca da lua que rege as tuas marés
Quero segurar a tua mão ao vento
deixar o teu cabelo apontar-me a direcção
sempre

Tu és tão linda
porque te vejo para lá do quanto és bela
Para lá do quanto és tu singela
ao expores-te escondida nas tuas palavras
que marcam o caminho sofrido
percorrido nos labirintos que confundem
a tua paz

Tu és tão linda
Não há Deusa que se possa evocar
nem tão pouco assimilar uma ao teu jeito
Teu nome é o nome de uma nova Deusa

Ninfa das Ninfas
Que invejam o teu ser sem fim
Do teu acontecer em mim
tão linda!!!

Henrique Fernandes


O BAILADO DAS NINFAS

Sois a Luz do Pensamento
Calejada em favos de orvalho.
A delicia do momento
Em ostras de carvalho.

A Vós que estais bordando o Rio
De astúcia, beleza, encanto
Vos clamo a Paz dos Céus,
Neste meu canto.

Sois as Divas do Douro,
De cabelos d'ouro,
Trançados em pente fino,
Que lampejam sangue Mouro,
Um cheiro a Hino.

A Vós Fadas milagrosas,
Que não tendes asas
Mas voais na leveza,
Delicada vaidade,
E fina destreza,
Vos concedo o Reino
Da Fecundidade.

A Vós que protegeis Baco, Deus
Do precioso e cobiçado néctar,
Das enfermidades,
Vos consagro a Ponte Romana,
Monumento de Divindades.
Sejais Humana
No raiar do Luar.

Sejais Trajano sob o Rio Tâmega.
D.Manuel I e seu Império,
A Vós a riqueza do Reino de Chaves,
Termas de Vila Real
Valor hidrico de Portugal.

Sois as Ninfas
De mui lides, Senhoras do lavadouro.
Trazeis a abundância ao Douro
Em cachos d'ouro,
Velho cálice de grainhas.

Sejais Musas inspiradoras
Dos mais ilustres Poetas,
Sedutoras
D'Artes e Letras.

A Vós honro o Maior
Luis Vaz de Camões,
Pergaminhos e Brazões,
Da Epopeia Lusitânia
Bailais no Jardim d'Amor.

A Vós lendas seculares,
Formoso vulto
De pérolas, feitiço e mui vibrares,
Árvores de mui fruto.
Vos oferendo Cavaleiros
De mui mares, grãs guerreiros.
Orgulho das Quinas,
Encantos de meninas.

Sejais Donzelas do Rio,
A Vós as imensas águas
De Espanha ao Porto,
Remadas a Rabelo.
Longos cabelos
Que soltam a Sol-Posto,
Flutuantes pipas de mui brio,
Brindais tréguas.

Sois Almas ao Luar
Que transbordam no olhar
A magia da Lua Cheia,
Vos pinto Azul Sereia.

A Vós o multi cultural,
Génio da História,
Leonardo da Vinci. Sinais
De Coração
Na forma escultural,
Algumas linhas imorais
Num corpo em rotação.

Sejais o adorno
Do tactear de dedos
Palmilhando o Norte.
A Vós a Fonte
Dos Segredos,
No cristalino contorno
De carvalhos arvoredos.

RÓ MAR



O BAILADO DAS NINFAS

Ao som d
a natureza!
Das águas cr


istalinas.
Ao Canto dos encantos...
Das Ninfas a dançar.

Veredas Calientes!!
Dá Espanha afluentes...
De nossos ancestrais.
Árvores e animais!

Dá humanidade...
Ao passo dá compaixão.
Do som dá arpa e do violão.
De fadas e fados.

Passando por Portugal.
Dá mitologia e dá crença...
Dos deuses do Olimpo.
Da forma de amar...

Do ouro abeira chão...
Da ponte e do perdão.
Dá mais bela canção!
Aves e animais ; em harmonia.

Ao bailar das Ninfas...
A Humanidade em festa....
No seio dá floresta.
Corre esse tesouro...

A Chamado do Rio Douro.

Rubens Rosas


BAILADO DAS NINFAS

Fui ao bailado das ninfas,
No areal, junto ao mar.
Bem juntinho à foz do D`ouro,
Numa noite de luar.

Em noite de Lua Cheia,
Bailam ninfas junto ao D`ouro.
Nas suas margens de areia,
Transformam-no num tesouro.

O D`ouro com sua beleza,
Em toda a sua região.
É dos lugares com certeza,
Terras de grande paixão.

Embrenhado nos vinhedos,
Vou de cantinho, em cantinho.
Guardando bem os segredos,
Que produzem o melhor vinho.

Joaquim Barbosa


BAILADO DAS NINFAS

Sois ninfas do rio Douro
Espíritos naturais, lindos, femininos
Noivas em botão, fadas com asas,
Leves, aladas , delicadas fadas da sedução!

Sois o alvo da luxuria
Personalização da graça criativa
Sois fecundadoras da natureza
Para onde nos transporta a tua beleza!

Viveis em locais sagrados
Sois seres belos e alados, fruto da imaginação
Permaneces onde as águas correm
Serenas pelos campos, induzindo os amantes á paixão!

Gotas de chuva o caudal engrossa
Suas margens beijam com leve doçura
Naquele leito de terna candura…
È onde o vento refresca teu espirito
E o sol ilumina o teu coração!

Deitada nas margens do Douro,
Em noites de luar
Tuas asa se agitam, como o pensamento…
Que só quer namorar!

Na tua face o sol brilha morno e suave
Teus cabelos molhados pela chuva
Refletem os quatro cantos da minha alma
Os quatro cantos do meu coração

Sois invisíveis guardiães, ninfas rainhas da água
Simples lavadeiras, belas musas destemíeis
Sereis sempre as mais desejadas, por todos os amantes
No pensamento da gente, as mais possuídas!

Teus cabelos loiros escavam ao vento
Vossos lindos olhos parecem tingidos.
Hoje sinto aquela angústia da despedida
Me afasto de vos ninfas do Douro

Ficando minha alma só e entristecida!!!

Naná Ferreira


" O BAILADO DAS NINFAS "

No silencio que se estende sob o Jequitibá
um chão coberto de folhas molhadas de sereno
um sussurro de asas se faz ouvir.
Seus movimentos faíscam a luz do luar
e lindas ninfas aparecem em profusão.
Sorrisos velados, guirlandas de flores nos longos cabelos,
e um aroma de sândalo e Almíscar recende no ar.
O som de muitas vozes é doce detrás da canção.
Aos pouco uma plateia se forma...
São pássaros, anjos aventureiros, fadas, elfos encantados,
pirilampos em zig zag pintam de ouro o bailado das ninfas.
que cantam e dançam a beleza da criação...
numa suave e perene sensação, no esplendor de gestos leves
o calor de corpos suados, todos veem no bailado
O que diz o coração.
Suaves seres alados, ninfas formosas, asas agitadas,
mostrando a beleza e a magia do bailar ao som de harpas,
e os pirilampos com luzes douradas, acompanham deslumbrados
as lindas e coloridas ninfas angelicais.
São bailarinas, doce damas de longas asas,
Num canto suave do rodopio encantado,
Pura poesia em movimento cadenciado.
Emoção! extasiados, a plateia se levanta
Desafiando o tempo e o momento tão sublime
rompem o silêncio num imenso som de aplausos
festejando as bailarinas a voar na amplidão

Rosangela Ferris


“VINHO DO PORTO”

Nas encostas do Douro harmonia da Natureza,
Caprichosa, calorosa e imponente,
Colinas e socalcos adornados com beleza
Arvoredo copado e florescente,
Vestem as ladeiras de rastejantes videiras,
Densas de multicolores bonitas parreiras!

Mal contida em garganta penhascosa
O caudal do Rio corre e murmura,
A descer pelos montes portentoso,
E, o rabelo, quase naufragando, atira-se da altura
Para os braços das ninfas no vale tumultuoso,
Onde vai reunir a veia pura
Ao mesmo Rio de águas opulento
Ao colo das ninfas agora em curso lento!

O vinho do Porto chega cansado à Ribeira,
Depois de uma viagem dura mas de encantar;
Cachos de uvas roxos e doirados em cada leira
Chegou a hora de dar ao mundo um cálice a provar,
Em troca do Património da Humanidade exemplar!

Alfredo Coata Pereira


O BAILADO DAS NINFAS

Dá Mitologia!
Do Património da Humanidade.
Do Rio Douro.
Ao amor de Verdade.

Bailam as Ninfas..
Na Floresta!
Espírito de luz...
Encanto real.

No amor que se espera.
Do ser humano.
Por uns aos outros...
Do que já passamos!

No séculos que já se foram.
Não aprendemos nada.
Se aprendemos!?
É esse o nosso tesouro.

Vale muito mais que ouro.
Que novos dias sejam!
Vindouros...
Ao amor há humanidade...

Do que vale o Património?
Se fragilizam nossos irmãos...
Somos filhos de um só Deus.
Ou seremos como ouro dos tolos.

Que hoje seja um dia!
De reflexão...
Amemos incondicional mente..
Nossos irmãos!

Sejam eles árvores!
Pássaros...
Natureza!Enfim...
Ninfas ou belos Jardins.

É preciso navegar!
Esse é o maior Património.
Amar todos os seres vivos.
Como um só Tesouro.

Rubens Rosas Júnior


Baile das Ninfas

Ao rio douro vou subir
Eu quero ir vindimar
Que importa os penedos
Subirei sem medo

Quero cortar
Os cachos amadurecidos
Com seu belo sabor
E quero encontrar o amor

Vou ouvir cantar
As ninfas namoradeiras
Que tanto oiço falar

Vou-me por ao luar
Irei também cantar
Vou ao bailarico
Também quero arranjar par

Nas vindimadas
Se arranjam os namorados
Também quero um bem jeitoso
Também quero casar
Como me vou alegrar

Na margem me vou esconder
Há sombra das nogueiras
Vou namorar sem medo
Que alguém me veja

A areia testemunha
Do que vai presenciar
Nada irá dizer
Meu segredo vai guardar

O desafio chegou ao fim
Soltou-se a imaginação
Belos poemas se escreveram
As ninfas estão felizes
Da atenção que mereceram

Amelia Amado


O BAILADO DAS NINFAS

Em Setembro se faz alegremente,
A vindima da uva já madura.
Cai o suor, sob o dia quente,
Mesmo nesta alegria, a vida é dura !

Em terras Durienses, o sol quente,
Adoça as uvas que adoçam o vinho...
É a Natureza, que naturalmente,
Vai espalhando beleza pelo caminho !...

Rio Douro à noitinha e ao luar,
Canta e dança nos seus areais,
C'o as belas Ninfas que o vão visitar.

E nas suas águas em banhos reais,
Vão os jovens de hoje lá se namorar,
E a Lenda viva não acaba mais !...

José Manuel Cabrita Neves


O BAILADO DAS NINFAS

Oh Rio d´Ouro,
que bailas à noite ao luar,
em noite de lua cheia,
e namoras as ninfas
que nas tuas águas dançam
bebendo e cantando
esse vinho d´ouro 
que da Régua ao Porto
os rabelos trazem
num alegre remar!......

Oh Rio, eu queria verter-te
todo sobre mim
e pintar de azul e branco
uma ninfa tripeira
que fosse feiticeira
numa noite a dançar!...

Eu queria beber-te,
embebedar meus sonhos
e chegar à Foz
e brindar contigo
um vinho do Porto.

Eu queria ter-te
sob manto azul
bebendo-te sôfrego
no limite etéreo
que só o vinho
consegue ter.

- Só eu e tu...
numa dança tripeira
com ninfa feiticeira
só para nós dois, oh Rio,
uma noite inteira....

Acácio Costa


O BAILADO DAS NINFAS

VEJO BELAS NINFAS RESPLANDECENDO NO RIO DOURO...
SEGREDANDO OS SEUS MISTÉRIOS NA DANÇA DO AMOR.
OUÇO O CANTO DOS PÁSSAROS REVELANDO O BALAILADO DAS NINFAS,
VESTIDAS DE POESIA EM PLENA LUZ DO LUAR.
ME AGASALHEI NA MAGIA E NA ALEGRIA DO TESOURO CHAMADO: RIO DOURO!
Alessandra Brander

O bailado das ninfas

És a ninfa do meu lago
de banhos e sais
dos sóis luas destras
que dás luz à floresta
e me ninas

corres lenta no teu passeiro
levas cravos rosas
e relíquias de mim
só não levas a flor
mais importante
que nasceu do meu jardim

és a ninfa que meninfa os sentidos
deixado perdido
nos rios bravos da floresta
vou em queda prazerosa

beijar o teu corpo sedento
de lampejos de amor
divindade dos rios montes
as flores são as tuas vestes

a passarela revestida
de tecidos de nanquim
é o teu rio onde desaguam
as tuas lágrimas
com saudades de mim
Carlos Fernando Bondoso Bondoso


O Bailar das Ninfas

Saio
cedo
ainda
madrugada,
ando
a passos
largos
minha 
pele
orvalhada.
Primeiros
raios
do sol
encontro
meus
amigos
é mais
um dia
exaustivo
e de orgulho
nesta árdua
empreitada.
Formamos
em intenção
nossa
“patriotada”
correr chão
da quinta
nosso
maior
tesouro.
Passando
de mãos
em mãos
delicados
cachos
de uva,
tal qual
ninfas
a bailar
em dança
livre ao ar.
Óh terra santa...
Óh douro...
Óh ninfa...
Fruto
da minha
mais pura
semente.

Rosiane Ceolin


O BAILADO DAS NINFAS

Uma inspiração!
Na alma do sertão...
Corre atento !
O rio e seus tormentos...

Segue sua trajectória!
Cantam os Querubins...
Sobre a luz dá florestas.
Do Sol e sobre a Lua...

Do pote do arco íris.
Das Ninfas e seus bailados...
Do Unicórnio!
O Cavalo ao pássaro de fogo.

Do explorador!
Vive o ouro...
Dá fonte do Rio Douro.
A paisagem é seu Tesouro.

Rubens Rosas Júnior


BAILADO DAS NINFAS

Faz-se a vindima
Dos cachos dourados
Vão caindo as uvas
Nos cestos pejados

E no lagar….
Festa do povo
Pisam-se as uvas
Para o vinho novo

Nas margens do Douro
Cantam alto as gentes
Cantigas de amor
Aquecendo os corpos quentes

Está a serra ao longe
E de longe abençoa
Toda a nossa gente
Pois é gente boa
As ninfas escondidas
Sereias sempre a amar
Enfeitam-se de espigas
E põem-se a dançar

Bailado das ninfas
Não há outro assim
Pescador que as veja
Tem sempre bom fim

E no meio do rio
Nas águas lavadas
É um rodopio
De amor e de quadras

Douro sol doirado
Alimentas o povo
Lavas-lhes os olhos
Sabor sempre novo

E no coração
Queres Deus a teu lado
Tens uma oração
a dar-lhe recado

(VER SE É DA RÓ)

“ AS NINFAS DO DOURO “

Calça as sandálias Perseu
Que generosa Ninfa lhe ofereceu,
Magia alada e sem medo,
Sobrevoa o espaço tempo
Num instante apenas sempre
Vence as Medusas
Do pensamento.

Ergue-se Geia do caos calvário,
Lenda ou milonga, tem olhos verdes.

Do fim do medo florescem Serras
Entre os meus dedos
Encostas jorram mel e azeite
Vinhos morenos à flor da pele
E o sabor volta naturalmente
Ao saber do vento
Leito de rio, colar de pérolas,
Maior deleite nem Deusa viu,
Que se fez Ninfa e bailou
Terraços no Douro,
Mostrou-se ao Povo cantou raízes,
E pisou uvas, também bebeu,
Cantou com elas, que a Natureza
Tem bom ouvido,
Ribeira é vinho, Porto sentido.

Nasceu da Lira a Bragantina
Ainda menina
Mas Guimarães fez-se bandeira,
Já havia Feiras em todo o Minho.

Descem soldados, Mouros desterrados
Bravos guerreiros, uns Portugueses,
Outros Cruzados, vão mais a Sul.

A mãe dos Celtas, Deusa Calleach
Não era Ninfa, nem bailarina,
De tão contente com os seus filhos
( Levavam Cruzes, não se importou )
Aqui deixou parte da língua
Galaica que era, Lusa cresceu
E é falada em toda a parte,
Voltaram Ninfas, deixaram Artes
Nas mãos da gente para pescarem,
Mais longe ainda, vozes ausentes,
Talvez lutassem pelo presente,
Até além da Taprobana
Se não me engano, foi tão real,
Que já hoje o Douro é Património Universal
E hão de lutar, ainda mais, os Portugueses,
Para o não serem, só às vezes,
Sejam do Porto ou da Capital,
Para que Portugal não seja mais
Apenas Cais do desconforto.

Carlos A.N. Rodrigues


BAILADO DAS NINFAS

Encostados ás videiras
Raiz terra pé tropeça
Vendimamos, cantamos, dançamos
Bebemos duas luas no céu
Rodam pingas, calor e Ninfas
O nariz não vê
Espelha rosto vermelho
Néctar dos deuses
Almas embriagadas
Rebelos, douro abaixo
Navegam de cor
Abastados de ouro riqueza maior
Dizem que é veneno
Meus amigos, é palheto
Abençoada parra flor fruto
Copo cheio, copo vazio
Vindos todos, sirvam-se, deliciem-se
Bridemos ao Porto

Carlos Margarido


O RIO DOURO

As leiras com videiras seguras por muros de xisto,
Formam em Setembro socalcos multicolores, só visto!
As parras já queimadas pelo sol, arroxeadas
Com cachos de uvas da mesma cor e doiradas!

São Leonardo da Galafura foi local amado
Por Miguel Torga, poeta tantas vezes indigitado 
Para o Prémio Nobel. Dizia ele que São Leonardo
Era um barco de quilha para o ar, no vale virado.

Miradouro no alto de uma colina, deixa contemplar
O azul do rio e os socalcos, tudo bem guardado,
Pelas palavras do poeta! Parece que ele ia adivinhar
Que tal paisagem ia ser Património Mundial nomeado!

Em baixo, o Douro Azul e sereno, beijando as ninfas, seu tesouro e as casas solarengas, e as quintas!
Vista magistral, sublinhando a beleza do panorama Envolvente. De Torga encontra-se lá um epigrama:

“O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à forma de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza”…

Alfredo Costa Pereira

O BAILADO DAS NINFAS

Digno! Pra Deuses degustar…
P’ró Olimpo levar.
Aí!... Com Divas festejar
Bebendo sumo de bago, néctar
Inexistente noutro lagar,
Ao D’oiuro o vieram roubar…
Mas, no D’oiuro ao encontrar
Bailados de encantar,
Ninfas sublimes a girar
E homens belos do lugar
As uvas a esmagar,
Os Deuses após aclamar
Pedem p’ros acompanhar.
Precisando descansar
Ninfas e Homens do D’oiuro, são dignos de outro ar…
Sem os Deuses contrariar
Com os Deuses foram morar.
Agora no Olimpo junto ao mar
Inda cantam, inda dançam lá no último andar,
Do alto eternamente a observar
A grandeza do D’oiuro exemplar
Sempre, com alegria a festejar….

Ruiz Paz



“ O BAILADO DAS NINFAS “

Partir à descoberta dos granitos,
Inspirar das antas ecos vivos
E no silêncio diante os mitos,
Semear um grito sem motivos,
É mover montes, é estar contigo,
É plantar vozes na concha do ouvido,
Desfazer o mal-entendido, a sós,
Que segredo escondido somos todos nós.

Depois num abraço deixar as fontes
Molhar as frontes, que escorrem lentas,
Para que o rio possa seguir em frente,
Humedecendo xistos e montes,
Inventar pontes, resgatar poentes,
Ser a criança que em ti desmentes,
Ser o pai dela, há muito ausente,
Ser Geda e mãe, resplandecente.

Agora que provaste amoras frescas,
Colheste do fruto da terra sentida,
Tons vivos de flores esquecidas,
Das uvas o ouro que tinham escondido,
Mata a sede com outras bebidas,
Procura as Ninfas que o Douro anda louco,
Bailando com elas, mas vê-las, tampouco…

Carlos A.N. Rodrigues


O BAILADO DAS NINFAS

Ai...Rio Douro...
De seculares pedras
Luzidias do teu berço,
Orgulho do Porto.
O Sol que queima nossos olhos
Reflecte nas tuas águas Montes,
Fragas, Azuis cidras.
Espavaneiam-se patos e adelgaçadas garças.
Voam águias, abutres, asas majestosas
De gaivotas, tantas...
Na menina de meus olhos
Nasce o Verso...
Maravilhada miragem
Que tão região
Consagra no Coração,
São lustres
A Norte de Portugal.
Ventos d'ouro,
Riqueza de Luz, velha roupagem
Uma reliquia de tesouro,
Lindo tornozelo.
Bendita pesca, grande braço,
Que também
Cala as bocas do Mundo.
Vidas trabalhosas
E voluptuosas
Geram fortuna, que brota maneira,
Um extasiar sortudo.
Gordos cachos de videira,
Viscoso néctar que delecia as Ninfas
Que circundam a parra
De Baco. Jeito de lavadeira
Rodopiando em pião,
Dissipam no ar o sabor
De Terra de grande valor,
O tão afamado Vinho do Porto.
Ai...Douro...
És Rio, Mil Fontes
De beleza,
Imenso harém de realeza,
Um vinculo de mui garra.
Soberbo de muitos,
Glória
De tantos outros,
És um Tudo.
Das Lendas procedeu História,
A Catedral da Cultura,
Afincas
Vasta e anciã envergadura.
Que no simplório Rabelo
Içou mares e multidões,
Atracando na alegria
De te ver sorrir e amar
Como ninguém.
Quero ser o teu Porto
De abrigo,
Para contigo
Versejar
Nas Boas Graças
D'um Povo digno d'alegoria.
Ventos Além...

RÓ MAR


O BAILADO DAS NINFAS

É DO AMOR, É DOS AMANTES E APAIXONADOS...
LÁ NO RIO DOURO A MINHA PELE TRANSPIROU POESIA ATÉ O RAIAR DO DIA.
VAI DANÇANDO AS NINFAS E FESTEJANDO A DOCE FANTASIA DO SEU PRÓPRIO ENCANTO.
CORPOS UNIDOS, AMORES ARDENTES E ATRAENTES...
O SOLAR DOS POETAS NARROU ENTRE CADA VERSO O VALOR DO RIO DOURO.

ALESSANDRA BRANDER

Bailado das ninfas

Vadias na tela bailam as ninfas
De desejos constantes
Brincando desnudas
Seios firmes estonteantes...

Ora explorados ora intocados
Prazer nas entranhas
Anseios dourados perdidos 
É ânsia é frenesi são odores contidos...

No prazer da dança o fetiche
É desejo na ânsia virginal
São ninfas famintas
São mulheres lascivas...

Nuas em tela pintadas em ocre
Sonham as ninfas despidas sem nada
Gazelas sedutoras na beira do rio
Alvoraça no corpo o cheiro do cio...

De Irá Rodrigues
Homenagem à autora da tela:
Bárbara Santos...


BAILADO DAS NINFAS

Vi-me de repente
na Caverna de Nereu
resgatado pelas Ninfas
que dormem e dançam
no mar Egeu.

E bailaram, bailaram
A noite inteira, numa dança
de festa do meu resgate
àquele verde Mar.

Tocou-me uma ninfa,
anjo do céu,
com pele de seda pura,
meu corpo envolveu,
colando-se ao meu.

Seus dedos fechados
entrelaçaram os meus;
seus lábios cresceram
unindo-se aos meus.

Dançámos um tango
no seios das ninfas,
que se juntaram ao meu.

E bailámos…bailámos!...

Soltei um gemido!...
O bailado parou;
as ninfas saltaram
salvou-me Nereu.

© Acácio Costa


" O BAILADO DAS NINFAS "

Num céu de veludo azul, estrelas brilham,
como diamantes lapidados, num imenso manto sideral;
A lua se espelha no mar, como espelhos quebrados
no ângulo do meu doce poema.
define-se o infinito, hermeticamente, celebrando a hora
na geometria do meu olhar contemplativo.

Tomam-se de coragem e surgem entre o denso vapor da cascata,
as Nereidas, filhas de Neptuno, ninfas ousadas e guerreiras...
Aliam-se às belas e destemidas musas, descendentes de Vénus,
festejando o encanto das águas no vai vem das marés prematuras.
Banham-se unidas, insistentemente... secam os longos cabelos

Liberam as asa translúcidas que tremulam ao vento
ganham formas... Adquirem posturas no mito e na simbologia,
na beleza das ninfas... muda, extasiada eu contemplo
fadas, nereidas e elfos sentados no verde gramado
salpicados de gotas saltitantes da cascata, observam sorrindo
da graça, sonho e harmonia... o cantar e o rodopio das ninfas.

Coroas de flores nos longos cabelos cabelos
e estranhos perfumes exalam...nesta noite febril
Nas mãos instrumentos de cristais entoam musicas,
e, em seus desnudos colos, colares de pérolas.
as divinais e possessivas ninfas
entoam suas lindas canções de amor
no bramir da rebentação...

Repentinamente,sem explicação cessam o bailado,
sussurram na voz dos ventos, numa absoluta e calma magia
as ninfas amantes, sensualmente, adormecem no bailar das ondas
que, serenamente, se enrolam na quietude
da quente e úmida areia...em pleno luar de primavera.

Rosangela Ferris


O BAILADO DAS NINFAS
(entrei na dança)

Pasei pela natureza
livre qual à um menino
vi as Ninfas em destreza
me rendi ao bailado feminino...

Me senti deslumbrado
diante das deusas
pelas divas alumbrado
arriou-se minhas defesas...

Embebido pela música
me postei lado-a-lado
das Ninfas belas musas
acompanhei seu bailado...

O seu poder era infinito
bailavam ritmos diversos
cada estilo o mais bonito
divindades enviadas do Universo...

Naquele jardim espalhavam essência
misturadas,às flores
seu bailado,sua cadência
os pássaros,as borboletas em realçadas cores...

Ali o Paraíso Douro
lugar lindo,agradável
as Ninfas coração de ouro
o Rio Douro formidável...

Elas me deram liberdade
pude mostrar aptidão
à cada beldade
uma dança-de-salão...:

..."dança maracatu-rural;afoxé
samba-de-gafieira,
zambê,kuarup;axé
tambor-de-crioula;capoeira...
coco-zambê;chamamé
tchê-music,rancheira,
dança-do-lelê;toré
dança-mazuca,desfeiteira...
dança do forrobodó;lambada
torém,funk-carioca,carimbó,
coco-de-embolada
cavalo-piancó,forró...
kahê-tuagê;maculelê
bumba-meu-boi;reisado,
valsa,xaxado,cateretê
mar-a-baixo,buzoa,rasqueado...
chula,bambaê;milonga
caipós,uariuaiu,pinto-duro
dança-da-onça,araruna,calango
cana-verde,bugiou,kuduro...
dança-do-quilombo;samba
frevo,seresta,yapurutu,
pastoril,a dança-do-congo
nau-catarineta,maracatu...
tecnobrega,coco;jango
dança-dos-velhos,atiaru,
siriri,maracá,fandango
o gato-sapateado,cururu...
dança-da-lapinha;acagua
lundu,cavalo=marinho,
moçambique,ciranda,jaguar
pagode,caboclinho...
catira,xote;chimarita
dança=de-amarante,vanerão...
ticumbi,choro;siriá
espantão,cavalhada,bandanejo,
pau-de-fitas,cacuriá
dança-do-caranguejo...
cacumbi;batuque-paulista
congada,samba-rock,
dança-do-sertanejo,nativista
maxixe,dança-do-sol...
chitabaco,jacundá;coco-de-roda
bossa-nova,balainha,
marujada,samba-de-roda
tambor-de-mina,pastorinhas"...

Naceu o dia findou a madrugada
ofereci ao Douro a homenagem poética
vivi magia ante as mestras-fadas
me pós=graduram em dança-eclética...

Messias Aparecido da Silva    


BAILADO DAS NINFAS

Que lindo, gratificante, mais que desejado,
Ninfas do Douro, rio, potente e na terra dura, verdejante;
Nascido na Espanha na serra de Urbião!
Que entrando por Miranda , Barca de Alva, resignado,
Desces e olhas e logo num instante,
Olhas tuas ninfas bailando nas margens, entoando uma canção,
Adormeces no colo das ninfas bailarinas e de tom ensonado,
Te fazem dormir um pouco por 
todo o lado,
Mas no Coa uma vez despertado, e quase sem noção,
As ninfas bailando encantadas, fazem prosas, no xisto plantado,
Onde por pinturas deixam retratado, tudo aquilo, que alguém apaixonado,
Se olha e sempre lembrando as Ninfas do Douro bailando,
Perguntam quase num sofrimento atroz ,
Mesmo sem arte ou engenho, apenas experiência, vendo o baile ninfado
Chegaram em barcos rabelos, ao som das ninfas cantando
Em milhares de retornos do Douro até á Foz!

Rui Moreira


O BAILADO DAS NINFAS (4)

Setembro terras do Douro,
Desde manhã ao sol-pôr:
Cada cacho é um tesouro
Apanhado com amor !

No trabalho a cantar,
Assim se faz a vindima:
Levando para o lagar
Cestos cheios até acima.

Pés descalços vão pisar,
Fazendo as uvas em vinho,
Entre canções de embalar
E entre viras do Minho !

Bailam as Ninfas no mosto,
E fica mais doce o vinho...
Os amores tomam-lhe o gosto,
Fica o gosto mais docinho !...

E em noites de luar,
Saem as paixões à rua;
O amor anda no ar,
Influências da Lua !...

Pelo Douro corre o rio,
De belezas infindáveis,
Rega de fio a pavio
As vinhas intermináveis...

Por entre as frescas ramagens,
Cheias de belos matizes,
A completar as paisagens,
Os pássaros cantam felizes !...

José Manuel Cabrita Neves


“O BAILADO DAS NINFAS” (4)

Atravessam-se os séculos, as modas,
Os romanceares; mas vós, ó ninfas,
Continuais em silencioso mistério
Guardado na memória dos homens!

Tudo passa: o tempo, as marés,
As cantigas de ontem – sonhos
De um amanhã – mas vós continuais
Nos sonhos dos homens!

Segredos; segredos mais que íntimos -
Desejos guardados na alma – de sentimentos
Inefáveis de sonhos estampados no olhar
Infinito daqueles rostos marcados dos homens!

E vós, ninfas, sem que o saibais, fazeis pulsar
Nas veias de vossos súditos o sangue de vossas
Almas! ...
Homens livres do tanto que amam suas ninfas...

Fernando Figueirinhas


AGASALHO DAS NINFAS PELO AR NOCTURNO ...

Lágrimas com perfume de ilusões entornadas
sobre o ventre da sombra descalça.

Ceara de corpos em beijo tosco... Odor profano.

Manhã das palavras distorcidas.

Reboliço de poesia,
desejos rendilhados de lua cheia.

Sol de quem vê longe o pranto,
rebates de talvez em desespero... Doçura morta.

Instante sórdido... Colinas de regressos sem de onde.

Cálices vazios... Espancados.

Agasalho das ninfas pelo ar nocturno.

Areias somadas nas entrelinhas da pele.
Olhos de amor... Escombros de água decomposta.

Luar difuso num galho de Outono. Triste.
Espaço infinito. Caudal de escrita que não existe.
Vergastada de solidão em papel esticado até mais não.

Tumulto apogeu.
Ânsia rolada exausta nos olhos.
Travos de saudade... Mortuário silêncio.

Ritmo de marfim incerto... Infame.
Aguarela em desmaio de nada sei... Insone.

Verbo insípido no vento que se esvai insano.
Mão desenhada em velório no eixo da escuridão... Ida.

Escravo verso oculto na maresia.

Perfume que dorme num palácio feito de lábios sós.
Flor tornada mar, casulo eterno aos ombros do poeta.
Sirvo o choro à alga perdida nas pedras do que eu era.

Ruma à voz a seiva irrequieta
dos pátios da minha alma, escarpa viva.
Outeiros onde a morte treme as suas preces.

Derrocado regato, sentidos de quem nada sente.
Procura desmedida, alagada de ânforas cavernosas.

Caminho cego... Luz em labareda de sede
onde albergo a distância num poema... Retalhada.

Imperfeito... Invento o tempo por onde a noite foge.

Henrique Fernandes


BAILADO DAS NINFAS

Águas de verde profundo
montanha ao longe a rasar
era o mais belo do mundo
o sitio onde fui parar

E aquele doce dourado
que tombava
do ceú morno
era o Sol a me beijar

romanceiro que era o rio
teimava em me embalar
as aves tocavam p´ra mim
e ninfas me convidavam
a ir com elas bailar

bailado de amor era o seu
seus braços me ameigavam
naquele convite a amar
e soltas ,lindas bailavam

tinham recado p´ra mim
diziam
o DOURO mandara buscar
um pote de ouro fino
ouro para me dourar

bebi seu néctar divino
com ele me deliciei
eram cascatas de amor
que eu bebi e amei

uvas primeiro em cachos
uvas do Douro ,ou dos astros
bela cantiga de BACO
foi com ela que bailei

naquele barco
descansada
guardada n'aquele amor
adormeci e sonhei

Margarida Cimbolini


O BAILADO DAS NINFAS”

Em todo o jardim
Da Cantareira até Trás-os-Montes
Tão cheio de encantos nos horizontes
Não há com certeza
(Parece-me a mim)
Margens mais belas, com tanta riqueza
Que o rio mais lindo vestido de amarelo
O rio Douro, o rio mais belo!

E os barcos rabelos, de velas ao vento
Levavam no bojo vasilhas com ouro
De um lado para o outro, sem parar um momento
Eram os donos das ninfas do Douro.

Castelo de Paiva, Parada do Bispo
E o Peso da Régua, Cinfães, Rezende.
Aldeias e vilas e terras de xisto,
Onde, em bailados com as ninfas, o Douro se estende.

E pelo Douro abaixo, lá iam devagarinho
Os barcos rabelos com pipas de vinho
Até à Ribeira, de vento - em - popa, de vela ligeira!
Embarcações singulares todas feitas de madeira!

Alfredo Costa Pereira


O BAILADO DAS NINFAS

Estandarte
Cinco ninfas conquistadas,
Guardam a virgem.
Ouro colhido, douro descido.
Oriundo dos deuses, néctar divino
Por piratas perseguido.
Tesouro em alto mar, protegido
Entre tempestades, 
Na terra nova parou.
Envelheceu voluptuoso,
S. João descansou,
Na primavera partiu
À Inglaterra chegou.
E o mundo todo enfeitiçou.

Carlos Margarido


O BAILADO DAS NINFAS

OUVE-SE SONS DE MEIGAS PISADELAS,
COM LABUTA E CARINHO
TRAZEM AO DOURO
O TÃO IMPÉRIO.

SÃO AS NINFAS, DONZELAS
DE ILUSTRE ARMINHO
QUE BROTAM DAS ÁGUAS AZUL OURO,
TÃO SIMPLÓRIO.

EM SAPATILHAS DESNUDAS E BELAS
ESPREITAM O LUAR PELO CAMINHO
DO VASTO RIO, AGOURO
TÃO GLORIO.

EM TRAJE DE CINDERELAS
CINTILAM O GOTEJAR DE BOM VINHO,
GRANDE PORTO DO DOURO,
TÃO CALÓRICO.

EM ASAS PASSARELAS
ESVOAÇAM O FEITIÇO MARINHO,
TRAZEM À NOITE O GOSTO VINDOURO
TÃO HARMÓNICO.

SÃO AS NINFAS DE GRANDES TELAS
QUE AGUÇAM O PERGAMINHO,
VOZES DE POETA, MIRADOURO
TÃO SINFÓNICO.

RÓ MAR


A DANÇA DAS NINFAS
DOCE TENTAÇÃO

Não me tente seu traquina
Com essa beleza divina
Que me mostra em casa sua
Não me tente, me enlouquece
De meus pudores esqueço
Perante o que me insinua!

Há tento tempo desejo
Provar desse teu beijo
Tua boca é sedução
Agora que ri assim,
A projetar-se pra mim
Com essa provocação!

Se me queres ou me desejas
Qual um animal manhoso
Com tanta desfaçatez
Vem deitar-te sobre a relva
Tal e qual uma fera na selva
E toma-me de uma vez!

Quero massajar teu corpo
Como que num ritual
Percorrer-te todos os caminhos
Dançar ao som dos teus gemidos
A dança alucinante do amor!

Como uma ninfa qualquer…

Naná Ferreira


“ O BAILADO DAS NINFAS “

Ainda o Douro dormia
Em fontes jamais sonhadas,
Já Lira acordava o dia,
Nas faldas da madrugada.

Basta seguir essa rota,
Donde a vinha se faz vinho,
Para ver que não foi sonho,
Do Cais crescem as gaivotas,
As Ninfas procuram porto,
A uva o lagar mais perto,
O vento foi forja e fráguas,
Sereias eram maresia,
E assim foi, como eu dizia,
Ainda o Douro dormia.

Acordou em Barca d’ Alva,
Rebelo, por rebeldia,
Fez cinco pontes num dia,
Depois em Gaia bailou,
Que enquanto dança se acalma,
As Ninfas trouxe-as da alma,
Que esse rio nunca anda só
E à noite foi um sol-e-dó,

Com as Náiades encantadas,
Em fontes jamais sonhadas.

Cai num arraial de abraços,
Entre as águas e o luar,
Com as Ninfas sempre a bailar
E o rio no seu regaço,
E elas marcando o compasso,
Batiam caudas, sem pressa,
Na pandeireta e no adufe,
Mas não há namoro sem arrufo,
Sereia não é só Magia,
Já Lira acordava o dia.

A respingar parte o rio,
Fortes vagas,, despedidas,
Pelas encostas despidas,
Escorre em lágrimas a fio,
Da fonte um grito partiu,
D’ alerta p’lo Amor em fogo,
E as Ninfas são mariposas,
Que das águas fazem asas,
E o verde volta, não tarda,
Nas faldas da madrugada.

Carlos A.N. Rodrigues


" O BAILAR DAS NINFAS "

A Terra encantada de Terpsícore

Longe... Além do vale da Fantasia
O som mavioso de risos e cantos
se misturam a sinfonia e segredos da primavera.
Etéreo e doce perfume de árvores floridas,
seres encantados, translúcidos de luz
Em sua dança mágica, suas asas tremulam.
Exuberante, o bailado de milhares de Ninfas
Um despertar de luz... Criaturas aladas,
Anunciam a chegada da alvorada.
Alegria volta à terra encantada, mil pontos de luz
o som extasiante na terra Terpsícore... Faz se ouvir
A dança entre flores, nos ares, correndo na relva
O perfume e o bailado deixa extasiados, fadas e duendes.
Levando a devaneios... as multicoloridas borboletas
que voam e dançam enroscadas... Em véus multicores.
Esvoaçantes num encantar a balada do tempo
Som de cristais, instrumentos milenares
Elas se sentam em tronos de marfim...
Nas asas brilham diamantes de letras musicais
Suspensas no ar...
Então... chega a primavera no reinado de Terpsícore.

Rosangela Ferris


BAILADO DAS NINFAS

ninfa exilada
longe da terra mãe,
do Douro só trago
as lágrimas
e a nostálgica dança
ninfa de outra terra
filha herdeira da magia
do bailado ainda molhado
trazido nas naus
de Cabral e Vaz Caminha
ninfa de fala e sangue
que guarda no seu bailado
a casta de origem e passado

Marilda Raposo Monalisa



“ O BAILADO DAS NINFAS “

Vides me enleiam o corpo
De aduelas me adufei
Toquei nelas e dancei
Ninfas levei a bom Porto.

Se agora meio encurvado,
Cavo montes na paisagem,
Já bailei, tive até margem
Para sonhar acordado,
Fiz desta visão meu estado,
Plantei e colhi miragens
De uma amendoeira em flor,
Fui rei de um cerro e senhor
Do que nem lembra ao deposto,
Pisei uvas, fiz-me mosto,
Fui à raiz fiquei torto,
Vides me enleiam o corpo.

Às vezes até me rio,
Com aquele que passa a meus pés,
Leva a água de lés a lés
E eu levo o vinho e sorrio,
Num Rebelo que já viu
Ninfas bailar com a maré
E eu quase a perder o pé,
Sem sentir medo bailei
De aduelas me adufei.

Rebolámos pelas margens,
Enchi a pipa e o papo,
Comemos que nem nababos,
Frutos colhi sem juízo,
Ele pelo leito e eu pl’ las vagens,
Cada qual com sua imagem
De como era o Paraíso,
Ficámos enfeitiçados,
Quanto ao resto, já não sei,
Toquei nelas e dancei.

Já fui tonel, já fiz vinho,
Às vezes perco o caminho,
Mas não esqueço aquele abraço,
Deusas no rio, sem sargaço,
Náiades com brincos de ouro,
Mas o Douro é que os levou,
Terra varou, que nem mouro,
Depois do sonho, d’ esperto,
Ninfas levou a bom Porto.

Carlos A.N. Rodrigues


 “AS VINDIMAS NO DOURO”

O Douro embala e tem à sua beira
A história do vinho do Porto em página primeira!
As velas dos rabelos lembravam um grande lenço
A acenar de longe às ninfas noivas de amor imenso!

Na foz de Entre-os-Rios, nos braços do Douro,
As águas do Tâmega entregam-se todas.
As uvas mais doces, o milho mais loiro
Nos campos em festa, querem ir às bodas!

Setembro chegou, é altura das vindimas!
E o barco parou, chegaram as ninfas
Beleza de paisagem Património Mundial foi louvor!

Nogueiras e choupos, nas margens aos pares
A verem as uvas irem para os lagares
São noivos que dizem segredos, palavras de amor!

Alfredo Costa Pereira


O BAILADO DAS NINFAS

Pelos campos do Douro corre o Rio,
Com o mesmo nome das terras que banha;
E orgulhoso vai num desafio,
Com a paisagem que o acompanha !

Como um jardim, as vinhas alinhadas,
Vão todo o seu percurso enfeitando;
As terras vão ficando perfumadas,
Com os aromas das uvas exalando !

Nas adegas nascem Néctares Divinos,
Que o mundo inteiro gosta e saboreia !
São doces vinhos de sabores tão finos...

As Ninfas bailam, quando em Lua-Cheia,
Os jovens não se sentem mais meninos...
E os namoros começam na areia !...

José Manuel Cabrita Neves


O BAILADO DAS NINFAS

No ventre de Setembro
Surgem nas águas do Rio Douro
A candura das estrelas
Em forma de bagos singelos.

São os Ventos que relembro
Na temporada que traz ouro
À grande região de Donzelas,
As Ninfas de Castelos.

Proliferam nas margens do Rio, lembro
Um corropio vingadouro,
Que espreito pelas Janelas
Do Outono em olhos de marmelos.

Saboreio em noite de Luar, deslumbro
No paladar do cálido cálice, tesouro
Da milagrosa natureza, em pinceladas
Suaves de moscatel, vermelho, amarelos.

Fascino com as castas puras, cubro
Em letras de jasmim o pelouro.
Sinto no Ar Ninfas a bailar, adoradas
Princesas que surgem em tornozelos.

Caprichos que descubro
No báu do Douro,
São lendas encantadas
Que demarcam a riqueza de zelos.

É Coração ao rubro
Que o nono mês, fortífero
Rebenta em silêncios de baladas,
Nesta Janela me sento a vê-los.

RÓ MAR

O Bailado das Ninfas

Por sobre as águas do rio
correm brumas ao luar.
Se evolam, se embaraçam,
se parecem desenhar

fios dourados - bailarinos -
por sobre as águas correntes;
se do zimbório celeste
no refletir sobre as águas

fazem dançar suas luzes;
se o reluzir dançarino
leve, agreste, aleatório
do lanternim faz boiar

no seu meio, como veio
fátuo de brilho estelar
- são as ninfas, que em fascínio
deixam correr do tear

laços que se entrelaçam
de amores postos ao mar
pelo estuário chuvoso
do escorredouro areal

deste rio que é nascedouro
das vidas de Portugal,
como se aves volantes
pairassem na noite clara,

como se bandos de garças
pudessem dar graça à noite,
enfeitando o escoadouro
da vida mais natural

que enfeita o nosso Douro
alumiando o vinhal.
_Por entre as águas dos rio
enfeitiça o aluvial.

Geraldo Facó Vidigal


NO BAILADO DAS NINFAS

NO BAILAR DAS NINFAS ENCONTRA-SE MISTÉRIOS E SEGREDOS...
MERGULHO NO OCEANO PROFUNDO DAS BELAS NINFAS DANÇANDO EM PLENA LUZ DA LUA.
OUÇO O CANTAR NA VOZ DO POETA SAUDANDO A MAIS DOCE DE TODAS AS NINFAS NA EXALTAÇÃO DO SEU AMOR.

ALESSANDRA BRANDER


O BAILADO DAS NINFAS

Ninfas que bailam nas águas dos olhos.
Ninfas que existem aos olhos dos homens.
Ninfas reais nas vidas dos homens...

Tão reais tais ninfas são que sempre existirão!
Sorte dos homens que as encontram
No rio banhado a ouro,
Berço das gentes daquele lugar.

Rio repleto de ouro.
Ouro de sangue das ninfas,
Que de amor inundam a alma dos homens...

Chega a hora do baile!
Ninfas e homens cantam cantigas de amor
À luz de barcos à vela que circundam o rio;
De ouro, do amor, das ninfas e seu amor...

Fernando Figueirinhas


“ O BAILADO DAS NINFAS “
Já las viste tu, ó Zé,
Entrar pela Foz a gingar,
Como um raio de luar,
Fazer singrar a maré ?

Sobem pela rota das naus,
São as Ninfas do Amor,
Náiades de luz e cor,
Ondeando os corpos nus.

Da Ilha trazem o sal,
Do Canto Nono, Camões,
Os seus seios são botões,
Flores do mais puro cristal.

Fazem das guelras raiz,
Cresce a vinha, sobe o rio,
Que lhes sorri, já sentiu,
Que há de ser verde e feliz,

E ora libertas do sal,
Toda a Ninfa nos seduz,
Património Universal,
Donde o Douro se fez luz.

Carlos A.N. Rodrigues


Bailado das Ninfas

Encosta a cima
De cesto ás costas
Subindo sempre
Suas encostas

Que o rio Douro
Seus pés beijou
Colher as uvas que criou
Vinho do porto se transformou

Reina alegria
Ninguém esmorece
As ninfas de porte altivo
Piscando o olho a seu amado
Querem dizer-lhe a cantar
De madrugada te vou amar

Moçoilas com seus cantares
Vão animando a vindimada
De sol , a sol a trabalhar
Colhendo as uvas para o lagar

Nas encostas a vindimar
Ao fundo o Douro a espreitar
Os cachos sempre a cortar
Para irem para o lagar
Ao som da concertina toca a pisar

A azáfama vai continuar
Até o dia findar
As Ninfas de olhar profundo
Olhando o melhor vinho do mundo

Tudo trabalha
Até ao sol posto
Para no lagar
Fazer o mosto

Amelia Amado

O Bailado das Ninfas

Ouvem-se as Ninfas a cantar
lindas melodias de encantar
seus amores estão a chamar
em noites com estrelas e luar.

Reúnem - se em lugares mágicos
ao pé do rio, com plantas de mil cores
pirilampos fazem bailados fantásticos
a natureza sorri e dançam as flores.

Por essa razão a beleza da região
eram essas lindas danças ao luar
que encantaram o local no verão
com muito amor e encanto no ar.

As Ninfas com os seus amores
encheram aquele sitio de beleza
com paisagens cheias de flores
e riquezas, encantos da natureza.

Bernardina Pinto


O BAILADO DAS NINFAS

As ondas do rio Douro a baterem
Cantam baixinho…
Nas suas margens batem de leve
Com candura e carinho!
Os barcos rebeldes
Por ele passam a navegar
Tem velas remendadas pelas ninfas do lugar
Que as lendas antigas nos fazem lembrar!
São contos de reis e fadas…
Conta a lenda que o nobre mouro
À noitinha ia ao rio… sua ninfa namorar
Junto das margens do Douro, debaixo de um belo luar!
São as águas que levam os segredos pro mar
Daquelas moças lindas e namoradeiras
Que nas margens se ouviam cantar
Eram bonitas e graciosas lavadeiras!
Cantavam e riam com voz refeita
Com a sina de quem nasce pobre
Correndo o risco de terem que lutar
Resistem e vencem adormecendo sempre a pensar!
Aquele corpo cansado e morto de tanto esforço
Como a sina de quem nasce fraco ou forte
Adormece em cama fria, em casa escura
Fitando a dor e a agonia…
Deixando as dores caladas no rio
Ou nas encostas nos vinheiros
E lá no fundo olham da varanda para o mundo
Até que chegue o sono inquieto a quem trabalha duro!

Naná Ferreira


O BAILADO DAS NINFAS!

Não entregues ao luar teu coração
Que é mais valioso do que o ouro
Receio que o coloques na mão
Nas águas do Rio Douro.

Nunca nenhuma ninfa amiga
Em vida, no rio deve confiar
Menos entregar-lhe a sua vida
Nem numa linda noite de luar.

Depois da meia noite e meia
Se aparecer a linda ninfa cheia
Só porque o rio lhe sorriu

Nunca acredites donzela
Que não foi por te ver á janela
Que o Rio Douro te seduziu!

Abílio Aires


O BAILADO DAS NINFAS

Não quero ouvir nada
Nada se não a pluma da tua passada,
Bailar com a ninfa apaixonada
Respirando a brisa do Douro, pela calada,
Não quero mais ninguém
Só esta corrente de ninfas,
Descer pelos recantos do amor
Sem que tu, bailado, me mintas,
O tempo corre e não separa
O que a vida construiu na ninfa de coração,
Que vem no silêncio da noite
Cantar-me uma canção!

António Pereira Vieira Silva


“O BAILADO DAS NINFAS”

Antigamente pelo Douro fora, iam devagarinho
Barcos rabelos para a Ribeira com pipas de vinho!
Andavam de vento em popa, de vela ligeira
Ao olhar das ninfas que vinham bailar até à sua beira!

O leme comprido, como braço forte,
Dizia adeus às águas que ficavam no rasto,
Enquanto o barqueiro, que lá ia à sorte,
Lembrava com saudades um sorriso casto!

De leiras em leiras trepam as vinhas,
De parras vermelhas, e cachos de uvas douradas
Que lembram os ninhos onde as andorinhas
Têm folhas rendadas!...

Os barqueiros tinham também a visão
Das margens agrestes do leito do rio
Que saltavam e corriam, então, a tremer de frio!

Quando chegava Setembro ao coração
Nos lábios de todos havia versos e rimas!
Apanhavam uvas e bailavam com as ninfas, nas vindimas.

Alfredo Costa Pereira


O Bailado das Ninfas

Setembro nas ramadas
Vai começar as vindimas
Os cachos já dourados
Nas ramadas pendurados

Douro vinhateiro
Sobem as Ninfas
Com os poceiros
Os rapazes piscando o olho
Para sua Ninfa seu tesouro

No ar perfume a vinho e mosto
Pela tardinha ao sol posto
As Ninfas se vão encontrar
Com seus amores namorar

Com as vindimas
Grande alegria
Risos e gargalhadas
Aí vão as Ninfas
As uvas cortar
Com seu amor a ajudar

Chega a noite
Vão para o lagar
Para as uvas pisar
Com as Ninfas
Aos amores assobiar

Amelia Amado


ENCONTRO DIVINO NO RIO DOURO

À noitinha virão as ninfas
no meu leito dançar.
no meu curso regado
pela luz do luar.

Belas e imponentes
como rainhas no mar
quero no meu torrente
fazer de vocês meu par.

Luis Eduardo Garcia Aguiar


AS NINFAS DO DOURO

És douro sublimado
Prodígio da natureza
Paisagem que encanta o coração
Deixando em meu ser a força do desmedir
De sulcos passados
Homens cansados a subir as encostas
Horizontes dilatados
Para além do limiar da visão
É universo divinal…
Como se tivesse acabado de nascer
Com todo aquele vinheiral
Eterno cheio de harmonia e serenidade
Pelo silêncio que nem o rio
Se atreve a quebrar
Ora some furtivo
Por detrás dos montes
Ora pasma bem no fundo
Para refletir sobre o seu próprio assombro
Ou receber as ninfas que nele queiram mergulhar!
Diz-se que quando em noites de luar
Em noites de lua cheia
Ouviam-se as ninfas do rio Douro a cantar
E fazendo danças na areia…
Conta a lenda que à noitinha
Um nobre Mouro ia namorar
Com as ninfas do rio Douro… ao luar!

Naná Ferreira


O BAILADO DAS NINFAS

Subi rio Douro acima,
Até chegar aos vinhedos.
Fui para ir à vindima,
Pelas encostas e rochedos.

De dia colhi mil cachos,
De uvas de belo sabor.
Que à noite eram pisados,
Sempre louvando ao Senhor.

Depois havia bailado,
Até alta madrugada.
Às belas ninfas agarrado,
O cansaço não era nada.

No outro dia voltava,
À faina com alegria.
Pelo Douro eu ficava,
Dia e noite, noite e dia.

No fim escolhi uma ninfa,
Para ser minha namorada.
Namorava todo dia,
E até alta madrugada.

Joaquim Barbosa


O BAILADO DAS NINFAS

O bailado das ninfas é como pirilampos
Que a noite sai nos campos
Pra nos encantar
Conta à lenda do Rio Douro
Que saiam pra namoro
Em noites plenas de luar
Isso me toca o coração
Só de ver na imaginação
Como seria participar
Apesar de ser uma lenda
Espero que não me repreenda
Vejo Deus como uma fada uma ninfa a nos encantar

EDU PESCADOR


De Novo Nascer

Como eu queria,de novo nascer,
Para como as Ninfas eu poder ser,
Bailar sob a luz do luar,
No Rio Douro conhecer,

O amor e fazer,desde a noite 
A noite de luar até o amanhecer,
O meu melhor viver,
E como as Ninfas me rejuvenescer..

Nilce Rosa Dos Santos


NINFAS

Hoje estive na Póvoa,
Para quem não saiba
É a Póvoa do Varzim,
A de areia dourada
Rijamente granulada
Em areal sem fim
De roliça e suave saliva
Livre! Solta de névoa!

Com ninfas aveludadas
E seios empertigados
Em busca de louco bronze
Beijadas pelo nevoeiro
Delícia de charme brejeiro
Deixado por libido monge
Mais as mãos e os pés lavados
Amaciados por fadas

Sem a vara de condão
Artefacto de equilíbrio
Capaz de transformar
A ninfa em adamastor
Que por causa do amor
Deixou de saber amar
O monge e sua libido
Mar adentro, em rebolão!

António Fernandes


BAILADO DAS NINFAS

Olho para o Douro ..
vejo um rio dourado
uma cama de margens
húmidas
com divino docel
frescura indivisível
imensidade de amor
onde a alma repousa
e o corpo relaxa
no sono encantado
dos anjos
Bordado de verdes franjas
tapete feito de ternura
sitio onde bailam as
ninfas.
rosadas como romãs......

O douro é um rio manso..
aberto mas reservado
só abraça quem ele quer........
e quem quer ser abraçado
N'aquele val prateado
voam almas ,amores e ....
borboletas
onde brilham as estrelas
onde tombam os cometas
onde os astros se encontram
SOL E LUA ali se beijam
enquanto as ninfas adejam.
São longos os seus cabelos
grinaldas de musica
oferenda das aves.....dançam
as ninfas, dança de amor
abençoado
Murmúrios ,sussurros ,cascatas de amor
se ouvem como oração
é o silencio da vida cantando a sua canção.
As ninfas do Douro são lendas
lendas do coração..
Cidades abençoadas estas do meu país
que nestas santas oferendas
prendas do dia a dia....vai vivendo
vai amando,colhendo uvas
douradas,guardando suas espigas,
brincando como crianças.....
com ninfas.....em contradanças
e vive de amor e de Esperanças
este cantinho onde vivo
e de que guardo lembranças

Margarida Cimbolini


BAILADO DAS NINFAS

Prenuncio o norte
Verde ouro margens do douro
Ninfas perolas espremidas
Vinho novo, vinho velho
Rebelos barqueiros remados ao vento
Leva-te o rio para o mar
Ai meu Porto, meu Porto
As tuas lágrimas negras 
Choram das pipas
O líquido e a alma do meu povo
Delicias o mundo todo
És maior que o marquês de Pombal
Ex-libris do Porto e de Portugal

Por Céu Pina


NINFAS DO RIO

Tágides são elas que desaguam
O rio de Lisboa Tejo manso
No Porto do Douro insinuam
Que Duriádes ali têm seu descanso

Mansas bravas todas vão para o oceano
E nas tristes correntes se lhes ouve a voz
Também eu por vezes se não me engano
Sou musa que inspira todos vós

Esse mar azul que de beijos a contemplar
Nas águas de sal vai murmurando
Sonho maresia dos desejos deixa escapar

São ninfas de águas doces em contemplação
Levadas pelo Douro vão chorando
Se são mais as lágrimas e a inquietação

musa
De: Ana Barbara Santo Antonio


BAILADO DAS NINFAS NO DOURO
VIAGEM MARAVILHOSA

Num passo lento
Vai o trem ...tafe ...tafe ...
Subindo o belo Douro...
Absorvendo maravilhas
Em cada costeira diferentes...!
Que para os meus olhos
São lindos presentes ...!
Tafe ...tafe...iiiiiiiii ...Óooo...
Linda terra que estou vendo
No comboio maravilhoso...!
Do tempo da minha avó...!
Sobe lento ,mas determinado...
Para me levar a passear o Douro
Lindo e asseado ...!
Tafe...tafe e la vai ele...
Em terreno oscilado ...!
Mostrando-me belas paisagens ...
Que me deixam maravilhado...!
Tafe ...tafe pouca terra ...
Falta para chegar
Vejo o lindo comboio
Cansado a suar...!
Tafe ...tafe linda terra ...
Maravilha sem igual
O Douro de Portugal...!
Tafe ...tafe chessssss
Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...tafffff...
A viagem de maravilhas
Chega a seu fim ...
Delicia de minhas pupilas
Que guardarão
Para sempre em mim...!

MÁRIO SAMPAIO

“O BAILADO DAS NINFAS”

Mais que o rio, mais que o vinho, mais que o ouro
São as ninfas e seus tesouros!
Homens em sonhos procuram esses tesouros,
Que alegram a alma e seus sonhos...
Não há terra, nem história, nem lembrança sequer
De uma terra como esta.
Cavaleiros errantes à procura de suas ninfas
Cavalgam desesperados pelo encontro esperado.
Condes - sem condados - cheios de cuidados enchem seus carros
Para os pobres daqueles lugares.
Nobres de caráter cheios de compaixão encantam donzelas-ninfas
E geram poetas de ampla inspiração...
Poetas de hoje cheios de sentimento e inspiração
Cantam as ninfas daquela geração.
Longe, muito longe; ou perto, muito perto das ninfas de seus corações!

Fernando Figueirinhas

O SOLAR DAS NINFAS (6)

Ao luar da Lua-Cheia,
Ia o rio Douro navegando,
Levando na sua ideia
Ir ver as Ninfas dançando...

Junto a um seu areal,
Parou. E nas suas águas,
Viu reflectido um sinal
A pôr fim às suas mágoas !

Tão belas como as sereias,
Elas dançavam sorrindo !
E o rio banhava as areias
Como os seus beijos sentindo...

Toda a noite elas cantaram,
Cantigas de namorados.
E dentro de água bailaram,
Com seus vestidos molhados !...

Até ao romper da aurora,
O rio na sua corrente,
Corre mais feliz agora,
Com todo o amor que sente !

Desde então, quando há luar,
Tem sempre encontros marcados,
Com as Ninfas a bailar,
Nos sonhos apaixonados...

José Manuel Cabrita Neves


O BAILADO DAS NINFAS

Á noitinha fui até ao Rio,
Era Noite
De Lua Cheia.
Encontrei as Ninfas do Mar
A namorar,
Senti o cio...
Noite perfeita.
Descobri que bom ser meia,
E poder desejar ser completa.

O envolvente cheiro
À maresia do Douro
Bailava no Céu.
Ainda pairava no ar
O néctar,
Verdadeiro ouro
Do vinhateiro,
Muito a desejar.
Tamanho Céu...

Espreitei a tona dos desejos,
E fervilhei de Corpo e Alma,
Num êxtase profundo,
Infinito momento.

Podia ser apenas...
Mar,
Um leve Vento,
Uma Noite calma.

Não...não era...
...Eram beijos
De Sol e Lua
Em passos de dança, um Mundo.
Nem hesitei...provei o cálice da Vida,
Saboriei até á última gota, Divino...
O milagroso Porto do Douro.

Por instantes vivi na pele
Um momento rapele,
Só vos digo...
...Segredo.
Nos lábios o rochedo
No coração o mel.

As Boas-Vindas ao Douro
Em corsos de Ninfas
Espectáculo único.
Um aroma ludico
O remar as linfas
Em Rabelos d'ouro.
Senti o Hino...

Podia ser apenas...
Sonho, Lenda,
Uma comenda,
Uma noite mágica.

Não...não era...
...Eram reflexos,
Gotejares d'ouro
De gente de trabalho,
Que amam a Vida.
Grandes sucessos
Que de História me valho
Para vos dizer um pouco
O Quão Querida
É a região do Douro.
Fantástica...

Talvez esteja louco,
Só vos digo...
...Vejam
Com olhos de gente
E com Alma de Poeta.
Sejam...sem meta.

RÓ MAR


O BAILADO DAS NINFAS

Tem cheiro de flor!
Espírito e obra do autor.
São meigas então.
Habitam o Coração.

Selvagem!A beira na margem.
Dá floresta enfim... 
Tem cheiro de rosas.
São mais que Jasmim.

Alma da Natureza.
Com varias descrições...
Habitam a florestas.
São noivas em festas.

Cativam os corações.
A beira do Rio Douro.
Se banham em pó de ouro.
São valores e tesouros.

Dá Natureza fértil!
Tem algo de índio.
Perfume de animais...
São flores em forma de gente.

São arbustos dá Terra.
Deusas e Poesia
No coração da floresta.
Dá humanidade em festa.

Rubens Rosas Júnior


Baile das Ninfas

As ninfas andam felizes
De serem recordadas
Andavam esquecidas
Adormecidas nas margens

Setembro solarengo
Nas encostas do Douro
É como uma romaria
Onde reina a alegria

Rapazes e raparigas
Aí vão encosta a cima
Pelo meio das latadas
Continuar a vindimada

As águas do rio espelhos
Onde se miram os vinhedos
O sol as uvas amadurece
Que seguem para o lagar
Em vinho de mesa se tornar

Encosta abaixo
Cestos carregados
Sempre de sorriso no rosto
Suas mãos cheirando a mosto

Chega a noite
Corpos cansados
Vem sentar-se ao luar
Esperando as ninfas cantar

Amelia Amado


O BAILADO DAS NINFAS

Nas tuas águas correntes,
Casais de namorados,
Amores ardentes...
Águas cálidas com a frescura do Verão.
Nas tuas margens apaixonados
Transformam o amor em paixão.
Imponente, majestoso,
Caminhando com prazer
Trazendo alegria
Para quem em ti vive.
Tu ó Douro glorioso
Nas tuas águas cristalinas
De doçura e de amor
Vivem Ninfas ardentes
Com as quais irás viver
Muitas noites ao luar
E a todas encantar...
És amado por elas e
Por todos que em ti navegam.
Já diziam os Poetas,
Marinheiros e pescadores,
Ai que Douro abençoado!
Este que nos enche a
Alma de Fé, Amor e Esperança.

Sandra Matias


BAILADO DAS NINFAS-2

É dia de festa vamos festejar…
As ninfas no Douro
Estão já a bailar

Venham senhoras
venha o SENHOR
Tragam alegria
Que a água do Douro
Transporta magia

Põe Rosa o teu xaile !
E as arrecadas Maria
Grinaldas,flores enfeita-se o baile
Viva a fantasia|!

Canção de amor
Esta que vos canto
Esquecei hoje a dor
trazei vosso manto

as pipas estão cheias
E o rio estremece
Vivam os obreiros
A tristeza esquece

e nesta cantiga
que a terra festeja
baile-mos com as ninfas
que DEUS nos proteja.

Margarida Cimbolini


“O BAILADO DAS NINFAS” (5)

Quereis tanto cantar o passado;
Quereis tanto cantar as ninfas que se foram!...
Cantai sim as que ficam que muitas há, bem aqui...
Ninfas, donzelas - mulheres de hoje - prontas para se amar e dar!

Deixai-vos levar por elas, que sempre vos amaram...
Amam-vos e não percebeis; que só pensais em vós mesmos...
Deixai de pensar tanto em vós e deliciai-vos com as ninfas que t
endes!
Descobrireis quão belas são e quanto vos amam...

Vede esse Porto, essa Gaia cheia de amores esquecidos por tormentas...
Senti nesse vinho o perfume de vossas ninfas!...
Vivei o hoje que o ontem ficou morto no esquecimento do passado.
Amai o que é vosso e o que se dá em troca de nada!

Amai o Porto, e Gaia, e o Vinho do Porto – porque não?
Mas amai sobretudo as ninfas – as vossas ninfas!
As ninfas que se deram para vós e que continuam a dar-se...

Fernando Figueirinhas


Bailado das ninfas

Paisagens do Douro

Sinto a tua nostalgia
Vejo montanhas, sinto beleza
É uma imensa alegria
Do mais belo da natureza
É uma bênção tamanha
Percorrer tais sítios e caminhos que á muito não via
Sinto teu perfume, esse aroma que me entranha
Quantas mãos te remexeram
Rompendo a terra com tal suor
Quantas vidas sustentaram e acolheram
Plantando videiras, que dão vinho do melhor
Quero saborear-te
Fazer parte de ti, mas não te mudar
Eu e as ninfas, lindas, amar-te
Simplesmente amar-te como tu és, para não te estragar
Pois mudar o que é tão belo, é matar-te
Ó rio Douro que serpenteias e beijas tal beleza
Correm no teu sangue rabelos que ao beijar-te
Transportam aromas de trabalho e amargura da doçura natureza.
Ó Porto que os acolhes, repartindo-os com tanto alento
Á muito que és namoradeiro
Cobiçado pelo mundo inteiro
Ambos fazem, um lindo casamento.

João Antunes.


O BAILADO DAS NINFAS

Subi nas águas do D`ouro,
Desde o Porto até à Régua.
Dessas águas que são ouro,
Revoltosas não dão trégua.

Fui apreciando a vista,
Da paisagem das suas margens.
Fez-me lembrar a conquista,
Dos mouros nessas paragens.

Passei por aqueles locais,
Onde iam as lavadeiras.
Com os seus cestos de roupa,
Parte das suas canseiras.

Ali bailaram as ninfas,
Alguém disse ao meu redor.
Eram lindas raparigas,
Viviam histórias de amor.

Fez-me lembrar são vindimas,
Que decorrem nesta altura.
Ouve-se ao longe cantares,
Que ao D`ouro dão formosura.

Joaquim Barbosa


Ninfas do Douro

Ninfas do Douro, terras altas, vinhedos nas escarpas,
Divindades dos rios, selvas e montes e vinhedos
Protectoras do néctar das vinhas, ao som das harpas,
Que cantando belas melodias, nesses penedos,
Fazem bailar as andorinhas no ar e no rio Douro as carpas!

Tudo seria diferente, sem vós Ninfas no Douro, vossa terra natal
Sem vosso bailar delirante, lindo e contagiante,
Que existem, não apenas nos meus sonhos, mas nesse património mundial,
Os sulcalcos, são para vós apenas escadas, que viram num instante,
Palco honorário desse lindo bailar, belo e teatral!

Bailem cantem sem parar, pois vós sereis eternas, alegrem nossos sonhos,
Ninfas lindas belas e transparentes de terno olhar,
Causem alegria nessas gentes, trabalhadoras que em esforços medonhos,
Cultivam, cuidam e tratam desse vinho preciso néctar,
Que ao longo de tao árduo trabalho, calejados, cambaleantes mas risonhos,
Embora cansados, família para tratar, se levantam de noite para vos ver bailar!

Rui Moreira


O BAILADO DAS NINFAS

Percorro vales, atravesso montes,
As minhas águas límpidas e puras,
Vão passando por novos horizontes,
Nas margens decoradas de verduras.

Sou um rio e o meu nome é Douro;
No meu percurso a terra mata a sêde...
Há cachos, nas videiras, côr de ouro,
Que a boca saboreia e o vinho pede !

E quando os sóis se vão, chegam as luas;
Nas minhas margens, nos meus areais,
Bailam as ninfas, belas, semi-nuas...

Eu continuo correndo mais e mais,
Neste meu leito estão as minhas ruas
E o mar que me espera é o meu cais !...

José Manuel Cabrita Neves


O BAILADO DAS NINFAS

Na magia do Douro,
Vivemos a grande emoção
Da Cidade Invicta.
Terra de glórias parras...
Faz jus a Baco.
Saboreámos as melhores castas,
Duas chamas e um coração,
E tudo transita.
O Rio remámos no doce barco,
Cálices da tentação.
Nem sei qual o melhor...
Foi Lágrima,
Ruby,
Tawny,
Crusted, Estilo Vintage,
Late Bottled Vintage,
Vintage.
As formas de brindar...
Fermentaram
O que de melhor há em nós.
Lembro-me que era Vinho do Melhor.
Branco seco doce, muito doce...
Tinto Velho, maduro...
Abençoado Douro...
Com suas ninfas a bailar
Em Noites de Luar,
Que ofertou um Céu de Estrelas.
Um Mar para Amar...
Cresceram
Em nós
Aguarelas.

RÓ MAR


O BAILADO DAS NINFAS

Mil ninfas num cacho
Choram aos meus pés
Canto com pronuncia do norte
Não és lenda, és história
O traquejo não carece de sorte
Punhado de copo levantado
Escorregam rebelos no peito
Cais desfraldados
Caravelas largadas
Sete dedos navegados
O amor à minha beira
Envelhece na sabedoria
Que se saboreia

Por Céu Pina


O Bailado das Ninfas

na neblina crescente
nas gotas de orvalho
nas águas correntes do rio
há um bailado que inebria
há uma agonia que fustiga
num orgasmo
que brota em ânsia vã

voam silhuetas coloridas
numa brisa deleitosa
num sussurro
num ápice
são esquecidas
pelas nuvens
pelo luar
pela fantasia
em que foram ingeridas

e as Ninfas
que voluteiam
arremetem seu feitiço
aos corações perdidos
no enguiço
dos amores
inexequíveis
inatingíveis
em que foram incutidos

surgem suaves
esvoaçantes
arrebatando
sentimentos
incisivas
como seta esgrimida
na alma débil
já ferida

nas suas vestes translúcidas
desenham-se corpos
cobiçados
desejados
invejados
nas palavras
sublimes
inconsistentes
de um poeta
inconsciente

e no logro
visões e natureza viva
há um bailado sem música
no sussurrar das arribas
no pranto feito de esférulas
beijos ténues
corpos exsudados
enxerga única
onde se espraiam as águas e as Ninfas

Ana Claré


Baile das Ninfas

Conta a lenda
Certa noite ao luar
Se ouvia uma ninfa chorar
Por seu amor a deixar

As ninfas andam felizes
No tempo das vindimadas
Vão espreitar ao luar
As moças a namorar

Os barcos rabelos
Navegavam pelo Douro
Vão olhando a paisagem
Ao longo das suas margens

Património da humanidade
Prémio bem merecido
Beleza sem igual
Neste nosso Portugal

As caves do vinho
Outro encanto do Douro
Onde se guarda o vinho
Envelhecido fica divino

Há tanta coisa a falar
Sobre estas maravilhas
Onde as ninfas encantadas
Vem bailar ao luar

Amelia Amado


Douro

Uma ninfa queria ser
Para o Douro namorar
O belo vinho beber
Ir com ele passear
Passear pela montanha
Pelo Douro ser banhada
Videira que se amanha
Ao romper da madrugada
Eu queria ser um poeta grande
Com sentimento tão profundo
Para esta paisagem que se expande
Com o melhor vinho do mundo
Pode-lo dignificar
Dar-lhe o seu real valor
Como o amo e quero amar
Essas terras são amor
De alguém que a terra rompeu
Montanhas altas, ingrimes
Quase que tocam o céu
Por tal são abençoadas
Por Deus e ninfas sem par
Muitas, lindas são amadas
Com o Douro vão namorar
Dizem que por tal amor
Amor assim divinal
Não á paisagens mais lindas
Deste nosso Portugal.

João Antunes.


O BAILADO DAS NINFAS

Nada brota!
Enaltecer o Doiro
Ou ninfas que aí se banhem,
Empata-me o sossego…
A ânsia
De cavar rego
Onde semente vinhedo
Cresça, (Sem dó)
Sufoca a garganta
Envolta do pó,
E grita… vinho fino!…
… Afina as cordas para as Ninfas en cantar…
Beldades de genuíno
Oiro!
Que esperança concedem
Aos poetas
Que ambicionam
Ledos,
Aclamar as vossas honras
Prestadas,
Aos criadores de generosos
Vinhedos!?….

RUIZ PAZ


O BAILADO DAS NINFAS

NINFA ME TORNEI
A noite ia alta, com uma lua redonda e gigante
quando desejei banhar-me
nas águas daquele rio que corria dolentemente
entre socalcos de vinhedos que no breu da noite
se erguiam como fantasmas adormecidos...

Altos penhascos reflectidos nas frescas águas
devolviam meu eco quando comecei a entoar
uma canção de amor, tão sentida, tão sofrida...
ao sentir em mim aquelas águas que banhavam
meu corpo, triste e ansioso
elevei em palavras que se soltavam do peito,
tão ternas mas angustiantes
parecendo não ser reais, de tão carentes de ti,
de teus beijos, de teu amor que
transcendia....o dos outros mortais.

NINFA SEREI
enquanto a acobreada lua iluminar as águas desse meu rio,
águas que continuam a fazer vibrar a minha sensualidade,
numa cumplicidade ilimitada
como fogo...que continuará a atear
enquanto houver dentro de mim
oh! este sonho do qual não vou querer despertar
NINFA SEREI...

guiomar casas novas


“O BAILADO DAS NINFAS”

Tudo começa ali!
Havia um rio cheio de ninfas;
De suas águas brotava ouro –
Sangue das ninfas e vinho dos homens.

Homens destemidos, encorajados
Pelo vinho – sangue de suas ninfas,
Desbravavam terras novas para suas ninfas.
Ouro brotava daquele rio e suas ninfas.

Novos mundos nascem daquele império.
Homens guerreiros empunhavam espadas
Douradas defensoras do reino.

Império de sonhos dourados habitado por ninfas
E seus encantos, faze único este reino.
Reino este hoje esquecido, que latente descansa
Nos sonhos dos homens daquele lugar!...

Muitos séculos se passaram,
Muitos impérios nasceram e morreram,
Muito do que houve ainda há,
Nos sonhos dos homens, dos poetas e suas ninfas.

Fernando Figueirinhas


Baile das Ninfas

Pendem as uvas douradas
Esperando ser cortadas
Amor vem-me ajudar
A este cesto carregar

As ninfas de vestes garridas
Lembram papoilas perdidas
Com o luar vem namorar
Seus namorados vem encantar

As ninfas do rio Douro
Aparecem ao luar
De noite é que vem cantar
A ninguém querem falar

Belas paisagens de encantar
Grandes encostas para trepar
Reina sempre a alegria
Canta-se até ser dia

Há noite no lagar
Enquanto as uvas pisavam
Os moços ao longe ouviam
As ninfas que encantavam
Seus mouros ao luar

Um constante labutar
Muitos namoricos se arranjam
Pelo escuro se vão encontrar
Com o Douro a murmurar

O Douro com suas lendas
Vai correndo de mansinho
Vai passando e beijando
As ninfas vai namorando

Amélia Amado


O Bailado das Ninfas

Região Douro tem uma beleza sem igual
com seus montes, grandes quintas e vinhais
já fizeram dela Património Mundial da Humanidade.
Foram as Ninfas com o seu amor
que encantaram estas paragens,
cantavam, tomavam banho nuas no rio,
dançavam e namoravam nos campos
verdejantes e muito floridos...

Dizem as lendas que, nas noites de luar
as pessoas viam luzes e ouviam lindas melodias
que encantavam seus habitantes.
Eram momentos mágicos que deixaram
marcas deslumbrantes naquela região.
Eram Ninfas lindas e poderosas que
enfeitiçavam os homens, como sereias,
com a sua linda voz e beleza natural!
Ao amanhecer, elas desapareciam
e voltavam de noite ao mesmo lugar
para encantarem seus apaixonados.
Havia o rio, a natureza, a lua e as estrelas
que assistiam fascinados ao seu bailado de amor!

Bernardina Pinto


NINFHE

Vim assim
Como vim ao mundo
Vim pelado
Pro bailado das ninfas

Tudo tranqüilo
Nesta paz da floresta
Sob a guarda das ninfas
Que no amor fazem festa

A ninfa da água
De paixão mata a sede
A formosa ninfa floresta
De rosa é rosado botão

Nas tonalidades das cores
A alegria é tamanha
No ar dançam ninfas flores
Na terra dançam ninfas montanhas

Vim assim
Como vim ao mundo
Vim pelado
Pro bailado das ninfas

Jamais deixarei
Este paraíso encantando
Enquanto durar
Este belo bailado

Vim assim
Como vim ao mundo...

Vim pelado.

Valter arauto



“Bailado das Ninfas”

Palavras,
sabem-me a mentir à deriva
das árvores caladas no fundo do mar.

Sinto-me um tronco,
povoado por pássaros que voam brumas
de eternidade.

Pensamento estilhaçado em sombras
de sentir-me ventania.

A solidão murmura janelas de adeus.

Vozes estalam em luas de beleza fácil.

O vento,
é ombro ouvinte dos véus da dor
numa orla de archotes de lume demolido nas mãos.

Escutar-me silêncio.

Ato-me ao perfume do corpo,
destilada vontade de partir em ondas de rostos
que me saciem o cio do peito à procura de um abraço.

A luz que me ilumina,
é onde dorme o dragão da alma.

Trovões,
esperam no escuro o veneno.

Charco de desejo
sedento de relâmpagos de amor.

Bolorento frio prenhe de poeira
que me abafa as noites açoites por mim vivo.

Noites vazias,
estrelas caem como facas
na seiva amarga da minha silhueta.

Caminho de lábios aulidos,
perdidos num espelho onde o olhar é uma gruta.

Caverna de bocas comungadas por ninfas nuas.

Ouço a chuva rir à rua,
negando sonhos com tranças de vinho morto
numa taça de brisas quebradas.

Falo-me porcelana frágil,
sem pontes longe de mim.

O chão acende paredes de barro,
moldado em saudade onde a poesia finda.

SOL CARDO NO LEITO DAS MUSAS …

Henrique Fernandes


O BAILADO DAS NINFAS

Bailava eu com a lua
no escuro de alguma rua
de névoa estonteante
e magia inebriante
Bailava livre e nua
ninfa alforriada
no canto que não é mais conto
já a soleira da tua casa..

Marilda Raposo Monalisa

O BAILADO DAS NINFAS

Pelas encostas e socalcos,
Desse Douro vinhateiro.
Que produz o melhor néctar,
Que é servido ao mundo inteiro.

Banhados pelo rio Douro,
Que serve de regadio.
Transforma o seu vinho em ouro,
Rega-as nas épocas de Estio.

Rio Douro e sua história,
Com seus quase mil Km de extensão.
De Sória – Serra de Urbião, até à Foz – Porto,
Passa e banha muita região.

Nele se banham belas ninfas,
Segundo conta a história, a tradição.
Para andarem sempre limpas
Viverem romances de namoros e paixão.

Joaquim Barbosa


O bailado das ninfas

Foi em noites de Agosto
As mais belas noites de luar
Que o belo e lindo Douro
Ia com as ninfas namorar
Davam beijinhos, abraços
Bebendo do Porto, o belo vinho
Dançando ao som das águas em compassos
Abraçados pelo luar seu vizinho
E os Rabelos, barcos lindos
Que pelo coração do Douro subiam
Carregados de néctar, eram bem-vindos
Belas noites assim a muito não se viam
As ninfas perdiam a cabeça, apaixonadas
Encharcadas desse néctar divinal
Ficavam com as ideias emaranhadas
Deixavam-se ir em cantadas
Pois como o Douro, imponente, não á igual
A Régua, o Pinhão e o Tua
Foram testemunhas de tal namoro
Mas aprisionaram a bela e linda lua
E as ninfas não mais lá voltaram
Reza agora a história que por desgosto
Aquilo que ouvi contar
Que nas noites de Agosto
Se ouve o Douro a chorar.

João Antunes.


O BAILADO DAS NINFAS

Êxtase das águas em doces correntezas,
bailado embalado às margens principescas:
Douro enamorado reparte-se em belezas.

Ninfas apaixonadas, num cortejo mitológico
inflamam vinhedos que se transbordam em cachos:
Porto encorpado regozija-se deus Baco!

E o vale Douro das verdes oliveiras
descansa à sombra de figueiras e macieiras,
quintas e quintais mesclam-se à natureza.

Douro extremoso,
rendemo-nos ao patrimônio
em terras de Portugal!

rosangelaSgoldoni


O bailado das ninfas

No vinho deslizam rebelos,
Amantes ingleses deliciam-se no sabor,
Do sangue da tua cidade.
Ninfas balançam nas pipas,
Remos são dedos de marinheiro,
Uma ponte meia volta, da outra volta,
Do mundo. 
O Marquês, demarcou-te,
És o primeiro, desmarcaste-te do champanhe.
Qual sabugueiro aldrabão,
És Portugal, não à ninfa mais bela que as videiras,
Do teu quintal.

Carlos Manuel Alves Margarido


O BAILADO DAS NINFAS

Esfinges do Douro
De pose magnânima,
Deixai passar as Ninfas,
Meninas que iluminam o Rio,
Em Noites de Luar.

De Espanha ao Porto corrente d'ouro
Que traz no regaço a trova que anima
Lendas e Sonhos de Odaliscas,
Versejar de grande pavio,
Para quem sabe Amar.

Mitos, divindades, tesouros
Que em descalços véus bailam a rima
De grandes conquistas.
Prezado "Navio"
Que nas asas levita o remar.

Com grainha, sem grainha, são os louros
Da grande festa da Vindima.
É boa safra, colheita de nobres listas,
Orgulho das gentes do Rio,
Passeiam-se Ninfas a bailar.

RÓ MAR


O BAILADO DAS NINFAS

Pelo Douro vinhateiro
cantam alto as gaiatas;
ouve-se pelo mundo inteiro
o som das suas pratas.

E assim nasce o vinho
mais formoso que cai nas taças
é o cálice adivinho
que alimenta as nossas graças.

José Luís Ferreira


O RIO DOURO

As leiras com videiras seguras por muros de xisto,
Formam em Setembro socalcos multicolores, só visto!
As parras já queimadas pelo sol, arroxeadas
Com cachos de uvas da mesma cor e doiradas!

São Leonardo da Galafura foi local amado
Por Miguel Torga, poeta tantas vezes indigitado 
Para o Prémio Nobel. Dizia ele que São Leonardo
Era um barco de quilha para o ar, no vale virado.

Miradouro no alto de uma colina, deixa contemplar
O azul do rio e os socalcos, tudo bem guardado,
Pelas palavras do poeta! Parece que ele ia adivinhar
Que tal paisagem ia ser Património Mundial nomeado!

Em baixo, o Douro Azul e sereno, beijando as ninfas,
Seu tesouro e as casas solarengas, e as quintas!
Vista magistral, sublinhando a beleza do panorama
Envolvente. De Torga encontra-se lá um epigrama:

“O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à forma de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso de natureza”…

Alfredo Costa Pereira


O Bailado Das Ninfas

Perto do lago Thor uma sombra manchava de azul
a quietude da paisagem...
O vento soberbo empurrava as copas da árvores imensas
e os pássaros se enfileiravam nas ramagens,
criando uma imagem circunspeta no nivarna de ondas suspensas.
Era uma orquestra canora
de repertório suave trinada na magia avassaladora.
surgindo, como um sonho lúdico e monumental,
as Ninfas de cabelos de algas vermelhas,
que em um relance todo o Universo encendeia
atiçado pelo afã de suas centelhas.
Mágicas Ninfas que se contorcem em um ritmo especial,
com as mãos suspensas,
as cabeças livres e extensas;
ora erguidas lânguidas e em outro momento eretas, intensas.
Sutil canto evapora o som para além dos confins da floresta,
mas as pérgulas continuam a festa
entremeando sua dança de funil
com os meandros de seu canto sutil.
Bailando vão se espalhando inteiras
mestiças de Rainhas ou de rameiras.
Deixam um vestígio alaranjado no céu completador
Relevantes fadas primorosas de vestes gazas revestidas de amor.

Rose Arouck


O BAILADO DAS NINFAS

O rio Douro conta histórias,
Histórias lindas de encantar,
Que ficaram nas memórias
De outras noites de luar !

Nas margens, as lavadeiras,
Mulheres jovens e formosas,
Eram grandes cantadeiras
Com vozes melodiosas !

Sobre as Ninfas, conta o povo,
Que ao luar da lua-cheia,
Dançavam o Vira na areia...

E o velho Rio, sempre novo,
Vai no seu serpentear
Contar segredos ao mar !...

José Manuel Cabrita Neves


O BAILADO DAS NINFAS

MULJHER FORMOSA BANHADA DE BELEZA
NO OLHAR DA SUA ALMA TÃO TRANSPARENTE.
É TÃO BOM BAILAR NO ABRAÇO DO TEU AMOR
TÃO ACONCHEGANTE, TRANQUILO E SERENO.
ME FAÇO PRESENTE NA DANÇA DO TEU RITMO SORRIDENTE
SÓ PARA NÃO FUGIR NEM SE QUER DA SUA PRESENÇA.

ALESSANDRA BRANDER

O BAILADO DAS NINFAS

O Bailado das Ninfas
Nas margens do Douro
Rodopia na areia da experiência,
Sugada pelos sentidos
E levada pelo vento.
Sinto o seu encanto
Como a sonância de um violino
Que arrepia,
Só por ouvir o som soar.
Barcos navegam
No rio que banha uma lenda,
Pintada a aguarelas e esculpida no tempo.
Ninfas carregam o espírito do vento
Que sopra margens guarnecidas
Com vinhas amadurecidas.
Alertam assim, as rédeas da existência
E despontam o desejo da dança perfeita
Para a vindima da vida.
Sobre arribas, ladeiras e socalcos
Águias, andorinhas e pombos bravos,
Esvoaçam na paisagem.
E conduzidos pela ventosidade
Beijam o céu por sentir vaidade,
No bailado de ninfas ao luar!

Ana Isabel Rosa


O BAILADO DAS NINFAS

Aproximam-se furtivas,
discretas e em sintonia
com os ventos da paixão.
Náiades formosas
achegam-se ao Douro
se aviso ou previsão.
Encantam suas águas
com bailados e ciladas
em rituais de sedução.
Um namoro que se revela
nas belezas do Vinhateiro
e no vale da região.
Douro,
Patrimônio da Humanidade,
revela-se em múltiplas faces
ao mundo: exaltação!

rosangelaSgoldoni


O BAILADO DAS NINFAS

Deram-te o nome Douro.
Ouro há em tuas águas
Onde ninfas habitam há séculos...

Lindo lugar, único no mundo!
Águas douradas, agora avermelhadas
Pelo sangue que corre nas veias
De tuas ninfas.

Ninfas que bailam por debaixo
Das ruas da cidade - à noite nas águas do Douro...
Bailam as ninfas e os homens daquela cidade,
Hoje em lembranças daquilo que foi...
Outros vieram e tomaram conta daqueles dias
De grande felicidade.

Mas há o hoje e o amanhã, e as ninfas à espera
Dos homens que vêm para amá-las!
Há as ninfas,
Há os homens,
Há a cidade e o rio,
Há que amá-los!

Fernando Figueirinhas

“ O BAILADO DAS NINFAS “


Vi socalcos perfumados, vi dourados cachos d’ uva,
Vi seu néctar transportado nos Rebelos da Saudade,
Saciei sedes sonhadas de Ninfas dançando à chuva,
Seus cabelos, fresco mosto, tão belos, tão sem idade;

A seus pés vi um Rei curvo, à procura de namoro,
Logo ali foi encantado, foi-se nas vagas o Mouro:
- Ala! Ala !…lhe gritaram as Ninfas todas em coro,
Tu não és deste bailado, nós estamos noivas do Douro !

Espalhou-se a Boa Nova, logo passou de onda em onda,
Nas margens moças fermosas, não se fizeram esperar
E os moços trouxeram rosas e elas fizeram de conta
Que eram os colares das Ninfas e aquilo é que foi bailar !

E aquilo é que foi vindima e toda a parra ao luar,
Assim foi a Boda das Ninfas, com este rio, sim, senhor,
E o Povo trouxe-lhes rimas e o Vale encheu-se de cor,
Na margem flores pequeninas, ainda hoje falam de Amor.

E quem Ninfas nunca viu, então não sabe dançar,
Pegue o barco e siga a lua, ouça a Música das fráguas,
Suba pelo olor da uva, desça pelo cheiro do mar,
Solte o corpo, de mansinho e deixe as águas bailar !

Carlos A. N. Rodrigues


" O BAILADO DAS NINFAS "

Em seda fina, coloridas e esvoaçantes
As ninfas aguardavam a iniciação,
inquietas, entre sorrisos e tremular de asas
esperam para saudar á natureza florida e prados verdejantes.
Soltar as asas do sonho da beleza e da imaginação.

Borboletas azuis e em cores mil voando ao léu,
lembram o toque de beijos e sabores.
O Bem-ti-vi cantou ... foi dado o sinal,
Afoita no meio de tantas ninfas, a bailar perdi o véu,
Asas multicoloridas a dançar se juntaram em cores.

Os sons da natureza e o canto das ninfas coloriu as paisagens
encheu todo o verdejante vale na mais linda miragem.
E as ninfas fizeram uma roda, girando sobre o lago transparente,
Asas, risos num rodopiar entre quaresmeiras em floração
Fadas e duendes ficam a contemplar, o repetir das traquinagens.

Rosangela Ferris
* Exclusivo para o evento.
O BAILADO DAS NINFAS

É lindo vê-las ir trabalhar
As belas ninfas de encantar
O Douro gosta delas a triunfar
Para glória e riqueza contar.

Vão alegres e a cantar
Noite e dia parecem dançar
Como é bom sentir seu andar
A sua beleza e perfume no ar.

Força lindas ninfas para lutar
Sorridentes, desejam ajudar
Com o seu bailado de pasmar
Belas, dançam com brilho no olhar.

Fascina a sua determinação
Fazem tudo com muito amor
Têm luz no seu coração
No luar brilham com esplendor!

Bernardina Pinto


O Bailado Das Ninfas No Rio Douro

Preciso

Saber fazer bailar o meu coração,
Sempre esta em sua razão de amar
Mas quando eu digo para o Rio Douro
Me levar,ele me diz que com o bailado ,

Das Ninfas não poderei fazer,por que,
Vivo sem saber o meu querer,do amor
Sempre me calo,mas com a noite vem o luar,
Com a sdua cor de prata a banhar,
O Rio Douro sempre esta

Eu me encanto e sei o tanto,do anoitecer
Que as Ninfaz tanto tem o saber,
Do meu bailado eu viver,
E do amor aprender.

Nilce Rosa Dos Santos


O bailado das ninfas

Descendente desta terra
Filho de seiva espremido
Videiras namoradeiras
Cidade virgem
Sempre leal e Invicta
Mãe ninfa erguida
Abotoa as margens 
Leito dourado que te embarca
Berço de Rei
Feitos valiosos de quem te habita
Deste a carne pela conquista
Declaro o orgulho de ser tripeiro
Outras paragens já descobertas
Bebem pingas do meu filho
Este é o nosso vinho
Este é o nosso Porto
Os romanos intitulavam-te
Cale ou Portus Cale,
Presenteaste o nome a Portugal

Carlos Manuel Alves Margarido





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